O
Governo do Canadá anunciou que deu luz verde a um complexo industrial para a
liquefação de gás natural na costa do Pacífico, com vista à exportação para os
mercados asiáticos, um investimento de 24 milhões de euros.
A
aprovação do projeto, ao qual se opõem grupos indígenas e organizações
ambientalistas, está sujeita a 190 condições legais, incluindo a imposição de
um limite às emissões de gases com efeitos de estufa, explicou o Governo na
terça-feira.moveis-pascoa-2016
O
anúncio da aprovação condicional foi realizado pelos ministros do Ambiente,
Cahterine McKenna, Recursos Naturais, Jim Carr, e Pesca, Dominic LeBlanc, na
província da Colômbia Britânica, onde vai ficar situado o complexo industrial.
"Como
o primeiro-ministro sublinhou, [este projeto] é fundamental para enviar os
recursos para os mercados no século XXI e fazê-lo de forma duradoura e
responsável", disse Catherine McKenna, ao falar de "um dos projetos
mais importantes para os recursos naturais do Canadá".
O
projeto Pacific Northwest contempla a construção na ilha de Lelu, perto de
Prince Rupert (1.200 quilómetros a norte de Vancouver), de dois terminais de
liquefação de gás, com capacidade para seis milhões de toneladas cada.
Estimado
em 36 milhões de dólares canadianos (24 milhões de euros), o complexo
industrial permitirá ao Canadá exportar parte das suas massivas reservas de gás
para a Ásia.
Está
prevista a exportação de 19 milhões de toneladas de gás natural liquefeito por
ano.
As
instalações serão, no entanto, uma das maiores fontes de gases com efeito de
estufa, ao emitirem mais de cinco milhões de toneladas de dióxido de carbono
por ano.
O
complexo ficará situado frente à costa canadiana, uma zona privilegiada para o
habitat do salmão e próxima de uma reserva natural.
O
principal investidor do projeto é a Petronas, a companhia petrolífera da
Malásia, sendo também participado pela Sinopec (China), Japex (Japão), Indian
Oil Corporation (Índia) e PetroleumBrunei (Brunei).
Lusa
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