quarta-feira, 28 de setembro de 2016

PSD-LISBOA PROVOCA PASSOS


 
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho
Passos Coelho ainda não definiu quem vai ser o candidato do PSD à Câmara de Lisboa, nas eleições autárquicas do próximo ano, mas a concelhia do partido já escolheu quem vai coordenar o programa político e é um crítico do líder social-democrata.
José Eduardo Martins, ex-secretário de Estado de um governo PSD e uma das vozes mais críticas de Passos Coelho, nos últimos tempos, foi a figura escolhida pelo PSD-Lisboa para a coordenação do programa eleitoral para a capital nas próximas autárquicas.
Uma decisão que está a ser encarada como uma “provocação” a Passos Coelho, avança o Diário de Notícias, lembrando que José Eduardo Martins é um “crítico do líder social-democrata”.
Eduardo Martins chegou a ser “desafiado” a candidatar-se à autarquia lisboeta por Aguiar-Branco, ex-ministro da Defesa, durante o congresso do partido, em Abril passado, após ter tecido duras críticas a Passos Coelho, segundo lembra o jornal.
Mas ele recusa a ideia de poder vir a ser candidato e diz que vai apenas “coordenar o programa do PSD”, conforme declarações ao DN.
É um desafio não para ter protagonismo, mas para ajudar o PSD numa tarefa muito importante”, frisa Eduardo Martins no diário, admitindo ainda que gostaria de ver Pedro Santana Lopes à frente da candidatura social-democrata.
Maria Luís Albuquerque e Jorge Moreira da Silva têm sido anunciados como possíveis segundas escolhas, caso Santana Lopes não avance.
E perante o impasse na saída de uma decisão do PSD quanto ao seu candidato a Lisboa, tanto mais depois de o CDS-PP ter divulgado a aposta em Assunção Cristas, a atitude da concelhia social-democrata na capital está a ser vista como uma forma depressionar Passos a tomar uma decisão.
O líder da concelhia, Mauro Xavier, recusa a ideia e diz apenas que “faz parte da estratégia do PSD Lisboa, discutir primeiro o projecto e depois os nomes“, em consonância com aquilo que Passos Coelho tem dito, conforme transcreve o DN.
Uma fonte descrita no DN como “próxima do líder do PSD” também afasta polémicas e salienta que o partido manterá a estratégia definida para as autárquicas, realçando que “as secções têm autonomia para implementar os seus próprios planos de acção” e que Passos “não tem que se pronunciar sobre esses planos”.
Mas no CDS, um vice-presidente considera ao DN que a candidatura de Assunção Cristas a Lisboa veio agravar o “nervosismo” no PSD e o “vazio” quanto à falta de um candidato forte.
ZAP

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