segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Equipa portuguesa vai realizar levantamento do potencial espeleológico de Timor-Leste

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Uma equipa de especialistas de quatro associações portuguesas chega terça-feira a Timor-Leste para realizar um primeiro levantamento sobre o potencial espeleológico do país, segundo informaram os organizadores.

A iniciativa "Timor Subterrâneo" reúne seis especialistas do Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro (NEUA), do Centro de Estudos e Atividades Especiais da Liga para a Proteção da Natureza (CEAE-LPN), do Centro de Investigação e Exploração Subterrânea (CIES) e do Grupo Proteção Sicó (GPS).

A equipa vai inventariar e cadastrar as cavidades e nascentes cársicas de Timor-Leste com especial ênfase nos distritos de Baucau, Lautém e Viqueque, na metade leste do país, efetuando ainda levantamentos topográficos das cavidades visitadas.

Desenvolverá ainda ações de sensibilização junto das populações locais "que salvaguardem a proteção e uso sustentado do património espeleológico", explica uma nota dos organizadores.

O objetivo é dinamizar um projeto multidisciplinar para "promover e desenvolver a espeleologia em Timor-Leste através da sistematização da investigação e estudo das grutas e cavernas", podendo ainda ser contemplada a formação de espeleólogos timorenses.

Na primeira fase do projeto, que dura cerca de um mês, antecipa-se a preparação de documentação detalhada sobre as cavidades estudadas, incluindo respetivas topografias, registos fotográficos, geológicos, biológicos e eventuais vestígios arqueológicos e paleontológicos.

"Os dados recolhidos serão analisados e partilhados com os parceiros locais e, posteriormente, divulgados através da publicação do respetivo relatório", explicam os promotores do projeto.

Será ainda feito o reconhecimento de cavidades com potencial educativo para inclusão em futuras ações de formação espeleológica, a inventariação de nascentes cársicas e de reservas de água subterrâneas e feita sensibilização para a proteção e uso sustentável das grutas e do meio envolvente.

A equipa é liderada por Manuel Freire, presidente da Federação Portuguesa de Espeleologia e do NEUA, e inclui ainda Pedro Silva Pinto, espeleólogo desde 1998, com experiência em topografia digital e fotografia.

Viajam ainda até Timor-Leste Manuel Soares, espeleólogo desde 1976, com experiência em espeleologia subaquática, Sérgio Medeiros, espeleólogo desde 1993, professor de espeleologia, cartografia e SIG, Ana Sofia Reboleira, espeleóloga e bióloga no Museu de história natural da Dinamarca e Universidade de Copenhaga e André Reis, espeleólogo, com experiência em exploração, escavação e resgate.


Lusa
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