segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ESTADO PAGOU 4,5 MILHÕES DE EUROS POR BURLA DE EX-BANCÁRIO DO BPN


 
Mário Cruz / Lusa
O antigo presidente do BPN, Oliveira e Costa
O antigo presidente do BPN, Oliveira e Costa
O Estado teve que indemnizar uma entidade religiosa em 4,5 milhões de euros por causa de uma burla levada a cabo por um funcionário do antigo Banco Português de Negócios, que desviou fundos da instituição para as suas contas pessoais.
Segundo o Correio da Manhã, a burla reporta ao período entre Julho de 2004 e Agosto de 2005 e aconteceu com um ex-funcionário do antigo Banco Português de Negócios.
O então funcionário do BPN terá desviado 3,58 milhões de euros das contas da delegação portuguesa do Instituto Missionários da Consolata.
A entidade religiosa, que tem sede em Fátima, ganhou em tribunal o direito a uma indemnização de4,5 milhões de euros (o valor desviado mais os juros de mora), fruto desta burla de que foi alvo.
No entanto, como o BPN foi nacionalizado, teve que ser o Estado a assumir o pagamento, efectuado em 2012, logo após o Supremo Tribunal de Justiça ter condenado o banco, reforça o CM.
No ano passado, foi notícia o facto de o Governo ter alegadamente ordenado que fossem ocultadosprejuízos de 150 milhões de euros no BPN, relativos ao ano de 2012.
Também foi notícia que o banco custou aos cofres públicos quase 2.700 milhões de euros até 2014.
No acórdão do tribunal relativo ao processo dos Missionários, destaca-se que o ex-bancário aproveitou-se “do conhecimento que advém das suas funções na instituição de crédito para contactar o cliente das contas de que é gestor com o pretexto falso de lhe possibilitar a aplicação financeira de valores”, cita o jornal.
Porém, em vez de fazer as tais aplicações financeiras, o ex-funcionário do BPN desviou “em seu proveito pessoal os valores do cliente num montante de 3,58 milhões de euros”, salienta-se no mesmo acórdão.
ZAP

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