A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novo
Banco reúne-se hoje com a administração devido às notícias que apontam para a
possibilidade de haver um novo processo de despedimentos, que pode chegar às
500 pessoas.
"A reunião está confirmada para a próxima
segunda-feira, às 14:30", disse na sexta-feira à agência Lusa Rui
Geraldes, porta-voz da estrutura que representa os trabalhadores do Novo Banco.
O responsável assumiu a preocupação da CNT face à
notícia avançada pelo Jornal de Negócios, que indica que a Comissão Europeia
impôs novos remédios ao Novo Banco quando, em dezembro do ano passado, foram
estendidas as garantias estatais e a data limite para a sua venda até agosto de
2017.
Um desses remédios é a redução de mais 500 postos de
trabalho, depois de já ter havido um corte do quadro de pessoal de 1.000
pessoas, caso o Novo Banco não seja vendido até ao final do ano.
"Acabamos de sair de um despedimento de 1.000
pessoas e vivemos uma situação muito dolorosa", salientou Rui Geraldes,
acrescentando que "é muito complicado trabalhar num clima de indefinição
há já dois anos".
Na sexta-feira, o responsável disse que só depois de a
CNT se reunir com a equipa de gestão do banco liderado por António Ramalho,
será possível adiantar mais informação relativamente a esta matéria, até porque
a mesma não era do conhecimento da entidade até ser noticiada.
O Novo Banco - o banco de transição que resultou do
resgate ao Banco Espírito Santo (BES) - está atualmente em processo de venda,
sendo que o Banco de Portugal recebeu quatro propostas de aquisição: dos fundos
Apollo/Centerbridge e Lone Star e dos bancos BCP e BPI.
Este é o segundo processo de venda do Novo Banco, depois
de o Banco de Portugal ter considerado que, durante o primeiro processo,
suspenso em setembro do ano passado, nenhuma proposta era interessante.
Lusa
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