Estas pessoas vivem com menos de 1,69 euros por dia.
Metade está na África Subsaariana e um terço no Sul da Ásia.
Cerca de 1,1 mil milhões de pessoas escaparam à
pobreza extrema desde 1990 e as desigualdades diminuíram, mas 800 milhões ainda
vivem com menos de 1,69 euros diários (1,90 dólares), alerta o Banco Mundial.
"É notável que os países tenham continuado a
reduzir a pobreza e a impulsionar a prosperidade partilhada numa altura em que
a economia global tem um fraco desempenho, mas ainda há muitas pessoas a viver
com demasiado pouco", disse o presidente do grupo Banco Mundial (BM), Jim
Yong Kim, referindo-se a um novo estudo publicado pela organização.
Citado num comunicado do BM, o presidente sublinha
que, "a menos que se retome um crescimento global mais rápido e que se
reduza a desigualdade, poderá falhar o objectivo do Banco Mundial de eliminar a
pobreza extrema até 2030".
"A mensagem é clara: para acabar com a pobreza,
temos de fazer o crescimento funcionar para os mais pobres e uma das maneiras
mais seguras de fazer isso é reduzir a desigualdade, especialmente nos países
onde vivem muitos pobres".
Segundo o estudo agora divulgado, o primeiro de uma
nova série que irá registar anualmente os dados mais actuais e mais rigorosos
sobre a pobreza global e a prosperidade partilhada, tanto a proporção de
pessoas em pobreza extrema como o seu número absoluto diminuiu consistentemente
desde 1990.
O mundo tinha quase menos 1,1 mil milhões de pobres em
2013 do que em 1990, um período que viu crescer a população global em quase 1,9
mil milhões de pessoas.
Apesar de um crescimento demográfico mais rápido nas
áreas mais pobres, a tendência de redução da pobreza culminou com 114 milhões
de pessoas a saírem da pobreza extrema só em 2013.
Nesse ano, quase 800 milhões de pessoas viviam com
menos de 1,90 dólares por dia.
O progresso foi motivado sobretudo pela região da Ásia
Oriental e Pacífico, especialmente pela China e pela Indonésia, assim como pela
Índia.
Metade das pessoas em pobreza extrema está na África
Subsaariana e um terço no Sul da Ásia.
Numa avaliação de países que registaram reduções
significativas das desigualdades nos últimos anos - incluindo o Brasil, o
Camboja, o Mali, o Peru e a Tanzânia,- os autores do estudo apontam seis estratégias
de alto impacto para promover a equidade: desenvolvimento e nutrição na
primeira infância, cobertura universal de saúde, acesso universal a educação de
qualidade, transferências de dinheiro para as famílias mais pobres, melhores
infra-estruturas rurais, impostos progressivos.
"Algumas destas medidas podem afectar rapidamente
a desigualdade de rendimentos. Nenhuma é uma cura milagrosa", disse o
presidente do BM.
rr.sapo.pt
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