O
jovem sírio que foi hoje detido na Alemanha, suspeito de preparar um
atentado à bomba, era refugiado, segundo o jornal alemão Der
Spiegel, que diz que Jaber Albakr chegou ao país no dia 18 de
Fevereiro, numa vaga de refugiados.
De
acordo com o semanário, Jaber Albakr chegou à Alemanha no dia 18 de
Fevereiro, numa vaga de refugiados, tendo duas semanas depois
solicitado formalmente asilo com um passaporte sírio, pedido que foi
concedido em meados de Junho.
A
polícia deteve Albakr depois de quase dois dias de caça ao homem.
“Conseguimos,
[estamos] realmente muito felizes: o suspeito de terrorismo [Jaber]
Albakr foi detido durante a noite em Leipzig”, disse a polícia
através da rede social Twitter, acerca do suspeito de 22 anos.
A
polícia encontrou no sábado centenas de gramas de uma “substância
explosiva mais perigosa que TNT” escondida no apartamento de Albakr
e disse que “até uma pequena quantidade (…) podia ter causado
enormes danos”.
A
imprensa local reportou que o material era TATP, peróxido de
acetona, um explosivo artesanal usado pelos extremistas nos ataques a
Paris e Bruxelas. O peróxido de acetona é uma substância altamente
explosiva, que pode ser fabricada com materiais como o ácido
sulfúrico, peróxido de hidrogénio (água oxigenada) e acetona.
Acredita-se
que Albakr tenha tido contacto, através da Internet, com o grupo
extremista Estado Islâmico, segundo o jornal Sueddeutsche Zeitung.
Após
uma denúncia da agência de serviços secretos alemã, a polícia
tentou capturar o homem sírio no sábado de manhã, no seu
apartamento na cidade de Chemnitz, a 85 quilómetros de Leipzig.
No
entanto, Albakr conseguiu fugir à polícia. Acabou por ser apanhado
depois de as autoridades terem a informação de que tinha pedido
ajuda a dois sírios em Leipzig, segundo o Spiegel Online.
A
polícia deteve-o na madrugada de hoje no apartamento desses dois
indivíduos.
A
polícia, que agendou para hoje uma conferência de imprensa, deteve
três pessoas no sábado e outra no domingo, todas relacionadas com o
suspeito.
Apenas
um está em prisão preventiva, acusado de ser cúmplice da
preparação de um ato violento para pôr em perigo a segurança do
Estado.
Durante
a procura pelo suspeito, as medidas de segurança foram elevadas em
“infraestruturas críticas” de todo o país, uma denominação
que inclui estações de comboio e aeroportos, como os de Berlim,
cidade a cerca de 250 quilómetros de Chemnitz.
A
Alemanha sofreu dois ataques extremistas em Julho, ambos levados a
cabo por requerentes de asilo, em que morreram dois terroristas e 20
pessoas ficaram feridas.
Lusa
/ Sapo 24
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