Pelo menos cinco pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas num ataque talibã com um carro armadilhado contra o consulado da Alemanha em Mazar-i-Sharif, no norte do Afeganistão, disseram fontes oficiais à agência Efe.
O ataque começou por volta das 23h00 desta quinta-feira (18h30 em Lisboa) e terminou algumas horas depois, disse à Efe Munir Ahmad Farhad, porta-voz do governador da província de Balkh, da qual Mazar-e-Sharif é a capital.
A mesma fonte explicou que depois da explosão do camião, um número indeterminado de assaltantes lançaram-se contra o edifício do consulado.
Um primeiro balanço indicava que duas pessoas tinham morrido e 32 tinham ficado feridas mas o porta-voz indica agora que cinco civis morreram e já há pelo menos 120 feridos.
Já a Associated Press refere apenas quatro mortos: “Quatro mortos – dois civis e dois cadáveres não identificados – foram trazidos para o hospital Balkh e cerca de 115 pessoas ficaram feridas, disse o médico Mohammad Faiz”, escreve.
Por sua vez, o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid disse em comunicado que o ataque foi uma vingança pelo recente bombardeamento de “países invasores” na província nortenha de Kunduz, que causou vítimas civis, e acusou a Alemanha de estar por detrás de “todos os crimes” nessa zona.
Segundo a versão dos rebeldes, a maior parte do consulado foi destruído no ataque e os seus “espiões, soldados e outros funcionários morreram ou ficaram feridos”.
Pelo menos 32 civis morreram esta semana numa operação realizada por forças afegãs com o apoio aéreo dos Estados Unidos contra um grupo de talibãs que se tinham reunido no norte da cidade de Kunduz, capital da província homónima.
O Afeganistão vive uma situação de crescente violência face ao progresso dos talibãs que, nas últimas semanas, intensificaram os combates nos arredores de pelo menos cinco das 34 capitais da província, incluindo Kunduz.
A NATO permanece no país com cerca de 12 mil efetivos em tarefas de apoio às forças nacionais e os Estados Unidos marcam presença com 9.800 soldados, uma dotação que diminuirá em 2017 para 8.400 militares.
/Lusa
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