Um estudo feito na Califórnia, nos EUA, comprovou que os utilizadores do Facebook correm menos riscos de morrer do que as pessoas que não estão nesta rede social.
A pesquisa feita na Universidade da Califórnia, em S. Diego, nos EUA, com 12 milhões de utilizadores do Facebook, concluiu que a presença nesta rede social garante maior longevidade.
Assim, quem usa o Facebook vive mais tempo, mas só quando a rede social é usada para “manter e desenvolver os laços sociais do mundo real“, realça o comunicado sobre o estudo divulgado no EurekAlert!.
“Descobrimos que os utilizadores do Facebook que aceitam mais amizades têm um risco menor de mortalidade”, salientam os investigadores William Hobbs e James Fowler no artigo científico sobre o estudo, publicado nos Proceedings da Academia Nacional das Ciências dos EUA.
Esse risco de mortalidade é menor “para os que têm maiores níveis de interacção social offline e níveis moderados de interacção social online“, afiança-se ainda na investigação.
William Hobbs, o investigador que liderou o estudo, garante que “interagir online parece ser saudável quando essa actividade é moderada e complementa interacções offline“.
Os investigadores cruzaram dados de utilizadores do Facebook da zona da Califórnia com registos médicos do Departamento de Saúde Pública da Califórnia, comparando a actividade na rede social entre os que já tinham morrido e os que permaneciam vivos, ao longo de seis meses.
“Os que estão no Facebook vivem mais tempo do que os que não estão”, constatou o estudo. Estamos a falar de 12% menos de hipóteses de morrer, um dado que pode contudo, dever-se também “a diferenças económicas ou sociais entre os grupos de utilizadores e de não-utilizadores”, alertam os investigadores.
A pesquisa comparou o número de amigos, o número de fotos e de publicações partilhadas, o número de mensagens enviadas, concluindo que “as pessoas com redes sociais grandes ou medianas” vivem mais tempo.
Os que apresentam “níveis maiores de integração social offline – medida pela publicação de mais fotos, o que sugere actividade social face-a-face – têm a maior longevidade“, apuraram ainda os autores do estudo.
James Fowler recorda que “a associação entre longevidade e redes sociais foi identificada por Lisa Berkman em 1979 e já foi replicada centenas de vezes, desde então”.
O investigador constata que “as relações sociais parecem ser tão determinantes do tempo de vida como fumar e mais determinantes ainda do que a obesidade e a inactividade física“.
Este novo estudo, vem assim “acrescentar a esta conversa” as “relações online” como factor que contribui para a longevidade, garante o cientista.
SV, ZAP
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