quinta-feira, 3 de novembro de 2016

CIENTISTAS GARANTEM QUE QUEM USA O FACEBOOK VIVE MAIS TEMPO


 
Um estudo feito na Califórnia, nos EUA, comprovou que os utilizadores do Facebook correm menos riscos de morrer do que as pessoas que não estão nesta rede social.
A pesquisa feita na Universidade da Califórnia, em S. Diego, nos EUA, com 12 milhões de utilizadores do Facebook, concluiu que a presença nesta rede social garante maior longevidade.
Assim, quem usa o Facebook vive mais tempo, mas só quando a rede social é usada para “manter e desenvolver os laços sociais do mundo real“, realça o comunicado sobre o estudo divulgado no EurekAlert!.
“Descobrimos que os utilizadores do Facebook que aceitam mais amizades têm um risco menor de mortalidade”, salientam os investigadores William Hobbs e James Fowler no artigo científico sobre o estudo, publicado nos Proceedings da Academia Nacional das Ciências dos EUA.
Esse risco de mortalidade é menor “para os que têm maiores níveis de interacção social offline e níveis moderados de interacção social online“, afiança-se ainda na investigação.
William Hobbs, o investigador que liderou o estudo, garante que “interagir online parece ser saudável quando essa actividade é moderada e complementa interacções offline“.
Os investigadores cruzaram dados de utilizadores do Facebook da zona da Califórnia com registos médicos do Departamento de Saúde Pública da Califórnia, comparando a actividade na rede social entre os que já tinham morrido e os que permaneciam vivos, ao longo de seis meses.
“Os que estão no Facebook vivem mais tempo do que os que não estão”, constatou o estudo. Estamos a falar de 12% menos de hipóteses de morrer, um dado que pode contudo, dever-se também “a diferenças económicas ou sociais entre os grupos de utilizadores e de não-utilizadores”, alertam os investigadores.
A pesquisa comparou o número de amigos, o número de fotos e de publicações partilhadas, o número de mensagens enviadas, concluindo que “as pessoas com redes sociais grandes ou medianas” vivem mais tempo.
Os que apresentam “níveis maiores de integração social offline – medida pela publicação de mais fotos, o que sugere actividade social face-a-face – têm a maior longevidade“, apuraram ainda os autores do estudo.
James Fowler recorda que “a associação entre longevidade e redes sociais foi identificada por Lisa Berkman em 1979 e já foi replicada centenas de vezes, desde então”.
O investigador constata que “as relações sociais parecem ser tão determinantes do tempo de vida como fumar e mais determinantes ainda do que a obesidade e a inactividade física“.
Este novo estudo, vem assim “acrescentar a esta conversa” as “relações online” como factor que contribui para a longevidade, garante o cientista.
SV, ZAP

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