quinta-feira, 3 de novembro de 2016

360º - As duas Américas que não falam uma com a outra. E o grande debate sobre o Orçamento

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia
Maria Luís Albuquerque pediu ao PS que faça um entendimento com o PSD para a reforma da Segurança Social. A vice-presidente do PSD e ex-ministra das Finanças diz numa entrevista ao Público e à Renascença que essa é a única forma de preservar a sustentabilidade do sistema.

António Costa disse no Brasil que a polémica sobre os salários dos gestores da Caixa acabou - mas ela continua. Os partidos da oposição forçam uma clarificação, mas Catarina Martins já está a tentar arranjar uma saída de emergência: a líder do BE admite que a declaração de rendimentos dos administradores da CGD seja entregue no Tribunal Constitucional mas fique em segredo.

André Silva voltou a marcar pelo FC Porto (que ganhou ao Club Brugge por 1-0). Esteve em 15 golos nos últimos 16 jogos. Já o Sporting perdeu por 1-0 frente ao Dortmund. Como o Real empatou em Varsóvia, escreve o Rui Miguel Tovar, "o Sporting continua ligado à máquina calculadora com vista a um lugar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões".

Mariano Rajoy apresenta hoje a composição do seu novo governo. A oposição pediu um Executivo "para o diálogo"e alguns aliados recomendaram-lhe que escolhesse "gente com paciência".


Informação relevante
De um lado está a América que já viveu tempos melhores. Do outro, a América que se sente bem consigo própria. A primeira vota em Donald Trump; a segunda em Hillary Clinton. O problema, como escreve José Manuel Fernandes numa reportagem feita nos Estados Unidos, é que estas duas Américas já nem falam uma com a outra. Como é que se chegou aqui? E como é que se sai daqui?

Mais duas novidades sobre o candidato republicano:

Hoje à tarde começa o debate sobre o Orçamento no Parlamento, mas Mário Centeno já esteve ontem na Assembleia a explicar os números aos deputados. Preferiu as palavras: citou Camões, Jorge Luis Borges e ainda alguns professores de Harvard para atacar a oposição. Poesias à parte, há mais pistas para a discussão que começa daqui a poucas horas:
É já amanhã que arranca o novo perdão fiscal (mil desculpas: o novo Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado - é assim?). Quem quiser aderir tem 47 dias. Veja os detalhes aqui

Pela primeira vez, os familiares de funcionários públicos que queiram beneficiar da ADSE terão de passar a descontar, avança o Público. Ainda não se sabe como o farão nem quanto pagarão.

São dois fact checks que ajudam a perceber o que se anda a discutir por estes dias:
  • O Orçamento para a Educação vai mesmo aumentar, como diz o Governo? Não. Como conclui o Miguel Santos, "a interpretação que o Governo faz dos números contraria todos os exercícios feitos em anos anteriores." (Aliás, sobre este tema convém ler ainda um novo artigo de Paulo Ferreirano Observador).
  • O aumento de pensões que está previsto no Orçamento é o maior da década, como reclama o Bloco de Esquerda? Sim, tendo em conta o aumento extraordinário até dez euros que está previsto para este ano.
Ainda sobre o Orçamento, há um texto de opinião da Helena Garrido já esta manhã no Observador: "Quem quer ganhar eleições sabe o que fazer: agradar a funcionários públicos e a pensionistas com dinheiro. Os que não têm voz pagam a austeridade. Com o tempo ficaremos com menos Estado e pior Estado".

Em 1993, António Costa candidatou-se à Câmara de Loures e fez uma das acções de campanha mais famosas de sempre: tentando provar que era impossível circular, pôs um Ferrari a concorrer com um burro, para ver qual chegava primeiro ao destino. Agora, o PSD vai fazer o mesmo em Lisboa, para provar que as obras de Fernando Medina deixam a cidade parada.

Um novo livro está a deixar a França de queixo caído. “Um presidente não deveria dizer isto...”, de dois jornalistas do Le Monde, sobre os anos de François Hollande no Eliseu, prova, por exemplo, que a França fez um “acordo secreto” com a União Europeia para apresentar sempre previsões orçamentais falsas e não cumprir as metas do défice. Foi isto que permitiu que o país nunca fosse sancionado por Bruxelas. António Costa já deve ter mandado comprar um exemplar.


Os nossos Especiais
E se os ricos pudessem comprar votos? O livro Quando roubar um banco parte dos textos do blog Freakonomics e olha para a realidade de forma surpreendente ao usar a economia para explicar a vida e o mundo. José Carlos Fernandes leu-o do princípio ao fim e explica as teorias mais provocadoras dos dois autores.


Notícias surpreendentes

É um dos filmes europeus do ano. "Agnus Dei - As Inocentes" estreia esta semana em Portugal e o crítico Eurico de Barros dá-lhe quatro merecidas estrelas. A história passa-se num convento logo depois do fim da II Guerra Mundial e fala dos milhares de violações feitas por soldados soviéticos.

Há mais três filmes para ver esta semana. “A Toca do Lobo” é um documentário português sobre o (esquecido) escritor Tomaz de Figueiredo. “Pedido de Amizade” é um (banal) thriller sobrenatural que usa o Facebook como desculpa narrativa. E “Acerto de Contas” é um thriller com Ben Affleck .

O palácio que serve de residência de férias aos Papas foi aberto ao público pelo Papa Francisco. O Palácio Apostólio de Castel Gandolfo tem 20 quartos e está agora aberto ao público. Veja as imagens.

São cinco pratos que pode experimentar este outono em restaurantes do Porto. A Sara Otto Coelho escolheu mostrar-lhe uma entrada de marisco, um prato de carne, um vegetariano, um ramen de marisco e uma sobremesa.

Ficou cheio de fome? Tenha paciência: enquanto não chega a hora de almoçar, esteja connosco no Observador. E não se esqueça que daqui a nada começa o grande debate sobre o Orçamento, que vamos seguir ao minuto.
Até já!
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