Os
dados do INE mostram que 45% das empresas, com pelo menos uma dezena
de funcionários, usa as redes sociais para ligar-se a clientes,
fornecedores e parceiros. O acesso à internet em casa é uma
realidade para 74% das famílias.
Kiyoshi Ota/Bloomberg |
No
ano passado, Portugal era um dos países com uma maior taxa de
penetração de banda larga móvel nas empresas. Os dados do
Inquérito à Utilização
de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas
empresas em 2016, um estudo realizado pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE), mostram que "70% das empresas com 10 ou mais
pessoas ao serviço utilizam banda larga com tecnologia móvel para
se ligarem à internet". Esta é uma tendência que tem vindo a
registar-se nos últimos anos, mas representa uma inversão face ao
que acontecia no início desta década.
"Ao
contrário do que sucedia no início da década, em que a proporção
de empresas em Portugal com 10 ou mais pessoas ao serviço (25%) era
inferior à média na UE-15 (29%) e na UE-28 (27%), os ganhos
ocorridos nos cinco anos seguintes posicionavam Portugal em 2015
entre os países com maior taxa de penetração da banda larga móvel
entre as empresas, se bem que ainda distante dos 85% e 92% registados
na Dinamarca e na Finlândia", refere o documento do INE.
Além disso, em Portugal, no que diz respeito ao acesso a banda larga por ligação móvel, 61% das empresas usa telemóvel, PDA ou smartphone e 52% das companhias fazem-no através de um computador portátil. Neste ano, 71% das empresas que foram analisadas para este estudo fornecem "equipamento portátil com ligação móvel à internet" aos seus funcionários.
No
que diz respeito à presença online, os dados do gabinete de
estatística indicam que 64% das empresas nacionais referem ter um
website, mais 3 pontos percentuais do que o registado no ano
anterior. A presença na internet cresce de acordo com o tamanho da
empresa.
Empresas
nas redes sociais. Sim ou não?
As redes sociais são uma realidade crescente em Portugal. Apesar de nos últimos anos as companhias terem percebido a importância de marcar presença nestes canais de comunicação, a maioria das firmas com mais de 10 funcionários não está ligada a redes sociais, de acordo com os dados do INE.
"Em
2016, 45% das empresas utilizam meios de comunicação digital isto
é, aplicações baseadas na internet ou plataformas de comunicação
criadas para conectar, criar e trocar conteúdos online, com
clientes, fornecedores ou parceiros de negócios, registando-se um
novo aumento face a 2015 (38%) e a 2014 (30%)", revela o
Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da
Comunicação 2016.
Este
inquérito indica também que o uso das redes sociais cresce
consoante o tamanho da companhia "variando entre 43% nas
empresas com 10 a 49 pessoas ao serviço, 50% nas empresas de média
dimensão e 68% nas grandes empresas". "Foi contudo entre
as empresas de pequena dimensão que se registou o maior aumento (7
p.p. face a 36% em 2015) na percentagem de empresas que utilizam
redes sociais".
O inquérito indica igualmente que "18% das empresas compram serviços TIC de computação em nuvem (cloud computing) através da internet".
O comércio electrónico está também a crescer. No ano passado, "19% das empresas referem ter recebido encomendas através de redes electrónicas, mais 2 p.p. do que em 2014". No que se refere à facturação, "41% das empresas enviaram facturas electrónicas para outras empresas ou entidades públicas, todavia menos de metade em formato adequado ao processamento automático".
Internet
Empresas na net
O Inquérito
à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação
2016, realizado pelo INE, mostra que 64% das empresas nacionais tem
um site na internet, um valor um pouco acima do verificado no ano
anterior (61%).
A presença nas redes sociais das pequenas empresas nacionais tem vindo a crescer. Contudo, menos de 50% das empresas com 10 ou mais funcionários marca presença nestes canais de comunicação.
A presença nas redes sociais das pequenas empresas nacionais tem vindo a crescer. Contudo, menos de 50% das empresas com 10 ou mais funcionários marca presença nestes canais de comunicação.
Utilizadores
de internet em mobilidade duplicou em 4 anos
O acesso à internet através de banda larga tem vindo a crescer nos últimos anos, de acordo com os dados do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias 2016, divulgado pelo INE.
Em 2010, 54% dos agregados familiares tinha internet em casa, sendo que 50% dos agregados possuía esta ligação através de banda larga. A proporção de agregados que tem internet em casa e banda larga foi evoluindo muito proximamente e, em 2016, 74% dos agregados familiares portugueses tem internet em casa. E 73% tem esta ligação através de banda larga.
"Os agregados com crianças são o tipo de família que apresenta níveis de acesso à internet e à banda larga em casa mais elevados: respectivamente, 96% e 94%", refere o documento.
Este ano, 74% das pessoas que vive em Portugal, e que tem uma idade compreendida entre os 16 e os 74 anos, disseram que usaram a internet em algum momento, uma "proporção que representa um aumento do indicador nacional em 20 pontos percentuais face ao início da década, e a redução do distanciamento face à União Europeia a 28 (de 19 p.p. em 2010 para 11 p.p. em 2015)". Porém, no que diz respeito a encomendas online a proporção é significativamente mais baixa: apenas 23% das pessoas com 16 a 74 anos que efectuaram encomendas online.
Em
relação ao uso da internet, os homens usam mais do que as mulheres
e também são eles que fazem mais compras online. "O telemóvel
ou smartphone (78%) e o computador portátil (73%) são os
equipamentos mais referidos pelos utilizadores de internet para
aceder a esta rede. O computador de secretária e o tablet são
referidos por 46% e 44% dos utilizadores de internet, e o uso de uma
smart tv por 9% dos utilizadores de internet", pode ler-se no
documento do INE.
Dados
na net
O inquérito do gabinete de estatística mostra que perto de metade das pessoas que usaram a internet – 49% - assumem ter disponibilizado informações pessoais online. Sendo que, os dados pessoais – como nome, data de nascimento ou número do cartão de identificação – foram os que foram mais colocados na rede. "Cerca de um terço destes utilizadores refere ainda ter fornecido pela internet dados de contas ou cartões de pagamento (33%), e ter disponibilizado outro tipo de informação pessoal, como fotografias identificativas ou a localização actual (34%)".
Por
outro lado, os dados do estudo indicam que "oito em cada dez
utilizadores de internet tomaram medidas para proteger os seus dados
pessoais na internet".
Fonte: Jornaldenegócios
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