segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Espaço em Coimbra alimenta o “bichinho” das corridas com simuladores virtuais

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O Driving Club, em Coimbra, recebe cada vez mais pessoas interessadas em alimentar o "bichinho" das corridas através da simulação virtual, encontrando no espaço a adrenalina do automobilismo.

No Driving Club, há seis `baquets` com respetivo volante e manete de mudanças e três monitores à frente para garantir visão periférica durante o jogo. Apesar de estar cheio, apenas se ouvem, de vez em quando, os volantes a rodarem bruscamente.
O barulho dos motores, das travagens ou acidentes quase que não surge, estando confinado aos auscultadores de cada jogador.
O espaço quase que parece uma espécie de `lan` (rede de computadores), onde entusiastas do automobilismo podem competir na internet ou entre os jogadores que se encontram no Driving Club, procurando a "adrenalina" das corridas, explica Ricardo Matos, criador do espaço.
O responsável estava habituado a jogos de corridas desde o "Grand Prix Circuit", lançado em 1988, e a simulação virtual já o fascinava há muito.
Apaixonado pelo automobilismo, decidiu desenhar a estrutura para cada um dos simuladores e transformar o gosto pelas corridas virtuais num espaço "onde pudesse partilhar essa paixão".
No espaço aberto desde 2015, as pessoas podem experimentar conduzir carros da Formula 1, GT3 ou rally, novos e clássicos, num simulador em que há "pistas mapeadas a laser", permitindo uma aproximação com a realidade, sublinhou Ricardo Matos.
"Normalmente as pessoas querem ir logo para os carros mais potentes", como os superdesportivos Mercedes McLaren ou Ferraris e Porsches que atingem os "300 e muitos quilómetros por hora", mas acabam por se aperceber "que é muito difícil" e voltam ao treino com "carros mais normais e depois vão progredindo".
Face à aproximação à realidade, é preciso "tato e treino" para se chegar à Formula 1, salientou.
Pelo espaço, aberto há mais de um ano, a maioria dos clientes são estudantes, mas também há quem vá até ao Driving Club no final de um dia de trabalho, para "sentir a adrenalina" e desanuviar, contou Ricardo Matos.
A simulação de corridas tem ganho cada vez mais adeptos neste espaço, havendo alguns que passam pelo Driving Club duas a três vezes por semana.
"Existem vários pilotos de Formula 1 e não só que usam este `software` como ferramenta de trabalho", notou, recordando que, apesar de a maioria das pessoas ir até ao espaço à procura de se "divertir com os amigos", há também quem vá "em busca dos milésimo de segundo", no espírito "da simulação pura de competição".
É o caso de António Tondela, piloto de rally, que se tornou presença habitual no Driving Club, onde alia a diversão ao treino.
"Isto permite-me conhecer melhor o carro, dá para melhorar técnicas de condução, trajetórias, pontos de travagem e transportar a aprendizagem para as corridas", sublinha o estudante de 22 anos, referindo que no rally de Vouzela, quando a traseira do seu carro começou a escorregar, as reações que teve foram aquelas que esteve "a treinar nos simuladores", com um carro idêntico.
"É bastante diferente [de jogar em casa], porque a nível de material temos muito mais condições aqui para testar a nossa condução. Parece muito mais real e o nível de adrenalina é mais alto", salienta José Torres, de 21 anos, que vai ao Driving Club desde a sua abertura, para alimentar a paixão pela condução e pelos carros.
O Driving Club funciona das 16:00 até às 02:00, entre segunda-feira e sábado.
Lusa

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