David Dinis, Director do Público
Bom dia
Morreu Debbie Reynolds, que fez Gene Kelly cantar à chuva. A actriz não aguentou o desgosto no momento em preparava o funeral da filha, Carrie Fisher [que raio ter que começar o dia com uma notícia tão triste]. De Debbie Reynolds ficam estas serenatas e filmes, de que não nos vamos esquecer.
Os EUA acusaram Israel de perpetuar a ocupação dos territórios palestinianos. A poucas semanas de sair de cena, John Kerry disse que os colonatos vão impedir a solução dos dois Estados. Netahyahu reagiu com força - diz que não precisa de sermões e pediu apoio a Trump. A Maria João Guimarães dá o contexto para uma história complexa.
António Guterres quer falar com Trump. "Há uma questão decisiva que é estabelecer um diálogo construtivo com a nova administração americana", disse numa entrevista à SIC o próximo secretário-geral da ONU (e já só faltam uns dias).
Ana Ivanovic anunciou o final da carreira. A tenista sérvia de 29 anos, que foi número um do mundo, concluiu que já não conseguirá estar ao mais alto nível. Mas olha para trás com felicidade.
Manuel Machado está de saída do Nacional. Os maus resultados da época acabaram com uma relação que já tinha quatro anos e meio. A equipa da Madeira procura agora um treinador.
As notícias do dia
O Governo abriu um concurso "urgente" para 349 médicos no SNS. Os candidatos têm apenas cinco dias para se candidatarem. A notícia foi bem recebida pelo bastonário dos médicos - fazendo a manchete do PÚBLICO de hoje. O "porquê" parece ser evidente - mas é ilustrado numa reportagem de hoje no JN, que nos diz como a gripe entupiu as urgências e adiou cirurgias (aqui).
Lacerda Machado deu-nos uma (rara) entrevista. Ao PÚBLICO e Renascença, o conselheiro de António Costa está a negociar também os "lesados do Banif" - e que pediu ao Santander uma nova solução para o caso. Anuncia estar disponível para prolongar o seu contrato com o Governo; admite que a situação do sistema financeiro ainda é frágil; e garante que a 'geringonça' vai longe.
Falando da banca, o Governo adiou para 2017 toda a recapitalização da Caixa. O objectivo, diz o Negócios, é proteger o défice [ou há qualquer coisa que não estamos a perceber, ou Governo está numa de mostrar um número muito baixinho a Bruxelas].
Ainda na economia (do dia-a-dia), anote que 20% das portagens vão subir - começando em Lisboa. Que a Carris ainda não tem passes com descontos, porque a Câmara ainda aguarda luz verde de Marcelo (notícia da TSF). E que vai ser mais barato atestar o camião (o regime de gasóleo profissional vai ser alargado a todo o País a partir de domingo).
Olhando para a política, registe que as ausências de vários líderes distritais do PSD numa reunião com Passos Coelho, para preparar as propostas do partido sobre a descentralização autárquica. Mas também a prenda a Isaltino de Morais, que recebe no seu aniversário 7500 assinaturas para voltar a candidatar-se a Oeiras.
Para o Governo segue uma prenda azeda: um grupo de especialistas, incluindo do PS, critica as "fracas intervenções" do Governo na Educação. O PSD também põe pressão: hoje avança com uma proposta para tornar obrigatório o pré-escolar já nos 3 anos.
Já no Ensino Superior, o ministro disse ontem isto sobre os professores que recebem zero nas universidades.
Já agora, um alerta (muito) importante: “A fome em Portugal é invisível, sobretudo no grupo dos idosos”, diz o representante em Lisboa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, numa entrevista ao PÚBLICO em que diz, por exemplo, isto: "Se as escolas tivessem acesso a alimentos comprados com recursos públicos, produzidos por agricultores locais, seriam mais saudáveis do que aqueles que eventualmente estão a fornecer às crianças neste momento, que são produzidos a dez mil quilómetros de distância."
Hoje acontece
- Marcelo recebe e almoça com Passos Coelho [tanto que às vezes eu gostava de ser mosca].
- O Governo explica os procedimentos digitais para renovar a carta de condução...
- E mostra o Relatório da Emigração (referente a 2015).
- Regressa a Taça da Liga, com um Porto-Feirense e um Benfica-Paços de Ferreira.
- E há um sorteio extraordinário da "Factura da Sorte" de 2016 [boa sorte, se jogou]
2 ideias + 1 antevisão & 'n' opiniões
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Primeiro as escolhas do Ípsilon: o regresso de Emir Kusturica, visto pelo Vasco Câmara (com um cinema que não volta mais); e um dos discos mais intensos e inesperados de 2016, contado pelo Gonçalo Frota (mas não lhe vou dizer qual é, para que a surpresa seja isso mesmo: surpresa).
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Na opinião do PÚBLICO, digo-lhe só que Francisco Assis chama a Costa o "príncipe da ambiguidade esclarecida"; que o João Miguel Tavaresdefende Augusto Santos Silva (a sério!); e que o Ricardo Cabralantecipa o fim das regras europeias para a banca, com o Monte dei Paschi.
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A antevisão de 2017 é, hoje, política. A São José Almeida explica por que este será "um ano decisivo para o projecto de poder de António Costa" (o Francisco Assis vai na mesma linha, aliás); a Maria Lopes e Sofia Rodrigues dão a lista de polémicas parlamentares que já se adivinham; e a Margarida Gomes anota a grande batalha do ano. A juntar a tudo isto, Marcelo diz que vai ser "um período de grande incógnita" (no DN, que hoje faz anos - parabéns à concorrência).
Primeiro as escolhas do Ípsilon: o regresso de Emir Kusturica, visto pelo Vasco Câmara (com um cinema que não volta mais); e um dos discos mais intensos e inesperados de 2016, contado pelo Gonçalo Frota (mas não lhe vou dizer qual é, para que a surpresa seja isso mesmo: surpresa).
Na opinião do PÚBLICO, digo-lhe só que Francisco Assis chama a Costa o "príncipe da ambiguidade esclarecida"; que o João Miguel Tavaresdefende Augusto Santos Silva (a sério!); e que o Ricardo Cabralantecipa o fim das regras europeias para a banca, com o Monte dei Paschi.
A antevisão de 2017 é, hoje, política. A São José Almeida explica por que este será "um ano decisivo para o projecto de poder de António Costa" (o Francisco Assis vai na mesma linha, aliás); a Maria Lopes e Sofia Rodrigues dão a lista de polémicas parlamentares que já se adivinham; e a Margarida Gomes anota a grande batalha do ano. A juntar a tudo isto, Marcelo diz que vai ser "um período de grande incógnita" (no DN, que hoje faz anos - parabéns à concorrência).
Só mais um minuto...
Nem vai acreditar nesta: os franceses fizeram uma "Rua do Brexit", que começa e acaba no mesmo sítio - e não serve para nada. O problema é que era suposto ser uma homenagem com a assinatura da Frente Nacional.
Nesta eram eles que não queriam acreditar: a spin-off de "The Good Wife" vai arrancar com a posse de Trump - mas como ninguém previa a vitória dele, o guião foi reescrito ao oitavo dia de filmagens.
Porque já ninguém o annus horribilis, há uma campanha para "proteger" Betty White de 2016. Um cidadão grego gosta tanto da actriz que até lhe paga uma viagem para a proteger até dia 1 de Janeiro.
Assim sim, conseguimos fechar com uma boa dose de optimismo (e um sorriso nos lábios). Agora é só seguir o que diz o Miguel Esteves Cardoso e mantê-lo, pode ser?
Passe por cá durante o dia, para se manter também bem informado. É essa a nossa missão número um (isso e proteger toda a gente deste estranho 2016).
Até já!
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