quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Governo adia recapitalização da CGD para primeira semana de 2017

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A conversão de CoCos deverá derrapar para 2017, mas o Banco Central Europeu já autorizou o adiamento.
O Governo só vai dar início à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no início de 2017, contrariando as expectativas que o processo começasse ainda no final deste ano, segundo o que apurou agora o “Jornal de Negócios”.
Na semana passada, o Jornal Económico noticiou que o registo de imparidades de três milhões de euros deveria passar para o próximo ano e seria já anunciado por Paulo Macedo. No Governo, ninguém falou em adiamento, porque “nunca houve qualquer prazo”, disse uma fonte contatada. Questionada sobre o processo, fonte oficial da Parpública explica que a holding do Estado “não tem intervenção no processo de transferências de ações da Parcaixa para a a CGD”.
A primeira parte do processo de recapitalização deverá acontecer somente na primeira semana do próximo ano, incluindo a conversão de ‘CoCos’. Inicialmente previstas para o final deste ano, o diário lembra que o Banco Central Europeu já autorizou o adiamento das operações.
“Em causa está a conversão em capital de 900 milhões de euros de instrumentos de capital contingente, acrescidos de juros vencidos, e a transmissão de 49% da Parcaixa para a CGD”, escreve o diário, indicando que a decisão prende-se sobretudo com o facto de o executivo pretender que o impacto no défice não seja significativo.
Em meados de novembro, o primeiro-ministro considerou ter sido “uma alteração essencial o facto de a Comissão Europeia ter autorizado a capitalização a 100 % pública deste banco”. António Costa sublinhou que “esse plano de capitalização, que é o essencial, está a decorrer normalmente, está em curso e será concluído no calendário previsto”, fazendo ainda referência a que os problemas do BPI e do BCP estão também em vias de ser resolvidos.
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