quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Morreu Mário Ruivo, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e pioneiro na defesa dos oceanos

Natural de Campo Maior e tinha casa em Castelo de Vide.


O biólogo e especialista em oceanografia Mário Ruivo morreu hoje em Lisboa, aos 89 anos, confirmaram à agência Lusa fontes oficiais do Ministério do Ambiente e do Conselho Nacional do Ambiente.

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Biólogo formado pela Universidade de Lisboa, Mário Ruivo especializou-se em Oceanografia Biológica e Gestão dos Recursos Vivos na Universidade de Paris – Sorbonne.
Considerado um cientista e político pioneiro na defesa dos oceanos e no lançamento das temáticas ambientais em Portugal, Mário Ruivo esteve ainda ligado a movimentos antifascistas, desde a sua juventude até abril de 1974.
“Livre e comprometida foi toda a vida pública do professor Mário Ruivo. Na política, mas sobretudo no ambiente, deixa um legado inultrapassável”, refere o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, numa nota de pesar.
Mário Ruivo foi presidente da Comissão Oceanográfica Intersectorial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e presidente do Comité para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO.
Entre 1995 e 1998 foi coordenador da comissão mundial independente para os oceanos e ainda conselheiro científico da Expo’98.
Entre outros cargos foi ministro dos Negócios Estrangeiros em 1974-75, secretário de Estado das Pescas, diretor-geral dos Recursos Aquáticos e Ambiente do Ministério da Agricultura e Pescas (1975-1979) e presidente da Comissão Nacional para o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (1974-1979).

Foi agraciado com vários galardões, como a Grã-Cruz da Ordem Nacional de Mérito Científico (Brasil), Grã-Cruz da Ordem de Mérito (Portugal), Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada (Portugal) ou Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (Portugal).

Enviado por José rui Rabaça

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