Taxas de juro historicamente baixas e maior concessão de crédito à habitação estão a impulsionar a compra de casa pelos portugueses. Preços vão subir
“Neste ano deveremos crescer mais de 30% em vendas de casas, se o Estado não fizer recair mais nenhuma medida com impacto penalizador sobre o setor imobiliário”, acredita Luís Lima, presidente da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal. E os preços vão atrás.
Podem aumentar na ordem dos 7,5%, impulsionados pela subida da procura e pela parca oferta de nova construção. Acima desse valor “já é especulação”.
Depois de anos em que o setor sofreu na pele com a quebra de rendimento disponível dos portugueses – em parte compensado pelas compras feitas por estrangeiros, que em setembro ainda representavam 23% das vendas -, o mercado doméstico dá sinais de recuperação, à boleia de maior concessão de crédito por parte dos bancos, da descida dos spreads e da queda da Euribor para novos mínimos históricos. “Houve um claro regresso dos portugueses à compra de casa”, diz Miguel Poisson, diretor-geral da ERA Portugal, empresa de mediação imobiliária que tem no mercado doméstico 80% da sua clientela.
Um regresso que muito se deve à “disponibilidade e às melhores condições dos bancos para a concessão de crédito”, diz. “Ainda sem dados de 2016 fechados, os indicadores do Banco de Portugal apontam para um crescimento de 40% [face a 2015] no crédito à habitação.” Isto depois de um crescimento de 74% de 2014 para 2015, reforça Miguel Poisson.
Fonte: Dinheiro vivo
Foto: DN
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