quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A desconfiança da UGT (& o romance inédito de Humberto Delgado)

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director do Público
 
Bom dia!
Trump, Trump, Trump. O novo Presidente americano teve a sua conversa mais desagradável esta noite (outra vez por causa de refugiados). Ameaçou o Irão(ninguém sabe muito bem com quê). E mandou avisar os democratas que abrirá uma guerra (para defender o seu escolhido para o Supremo). Mas ficou com uma das suas escolhas em risco.
Desconfiada, a Fed manteve-se quieta. Janet Yellen prefere esperar pelas decisões concretas da administração Trump em questões como os acordos comerciais ou os planos de investimento, para assumir de forma definitiva o seu plano de subidas progressivas das taxas de juro.
A lei do Brexit passou o primeiro obstáculo. No Parlamento britânico houve 498 votos a favor e 114 contra - 47 vindos de deputados trabalhistas que furaram a disciplina de voto e criaram mais um problema a Corbyn
Em Inglaterra, dois portugueses criaram um frisson. O Hull City de Marco Silva travou a recuperação de Mourinho. E Mourinho fez das suas a um jornalista. Para não pensar que só fazemos tristes figuras, deixo-lhe a boa notícia também:Patrícia Mamona é campeã indoor de triplo salto.
Por cá, sentiu-se um sismo na região de Porto de MósNão tendo sido muito forte, ainda levou pessoas para a rua. Não houve danos registados.

As notícias do dia

Um aviso de onde menos se esperavao líder da UGT não garante uma nova subida do salário mínimo. E diz que o PS deve "avaliar as consequências" caso PCP e BE lhe voltem a falhar o apoio, como na TSU. É caso para dizer que uma desconfiança vinda daqui...
O novo problema à esquerda está nas áreas protegidas. A Liliana Valenteexplica a divisão. E a Ana Fernandes conta por que este é o modelo do “desenrascanço à portuguesa”.
Costa cedeu na Carris? Diz o Negócios que o PS já admite que a Câmara de Lisboa tenha que partilhar a gestão da empresa com outros municípios.
E hoje há nova negociação sobre precáriosCenteno pôs as expectativas baixas, mas o Bloco já prepara cartazes ambiciosos para pôr nas ruas. Triste é não sabermos as contas, seis meses depois da aplicação da medida.
A quem Centeno não cedeu foi aos serviços do Estado. Na reposição das 35 horas de trabalho, foram pedidos mais 8900 trabalhadores, que custariam 150 milhões. O ministro não deu, conta a Raquel Martins.
E a quem é que Centeno ganhou uma batalha? À banca, na disputa em tribunal pela taxa extraordinária sobre o sector (notícia do Negócios).
Na Caixa já está Paulo Macedo, com um reforço vindo do Banco de Portugal e com um discurso um bocadinho diferente do que tinha Domingues. E quanto ao ex-presidente da Caixa, o TC já decidiu - a declaração de rendimentos era obrigatória.
Falta contar-lhe sobre as obras nas escolas, que estão a dar muito que falar. Contas feitas, há já acordos com 100 autarquias, mas as 200 obras vão custar o mesmo que só 14 feitas pela Parque Escolar. O Governo diz que o processo começa "muito em breve" (sendo que algumas já esperam há tempo demais).

Delgado. E Moonlight 

Elsa, o inédito romance “feminista” de Humberto Delgado. Foi escrito no exílio brasileiro, conta a história de uma jovem que se envolve com um (não muito ficcionado) militar que conspira contra o salazarismo. O livro que Delgado escreveu e que o país desconhecia está agora preso por uma divergência familiar - à espera da autorização de um filho do general. O Luís Miguel Queirós conta a história e abre as primeiras páginas do livro (em sentido figurado, claro).
Como é que um filme tão de autor acaba nomeado para tantos Óscares? Moonlight chega hoje às nossas salas de cinema - e é um filme que se coloca mais do lado do cinema de autor contemporâneo do que da produção corrente americana em modo indie: corre riscos formais, recusa a formatação convencional do “filme de tema”. Espantado com o sucesso no circuito comercial, mas feliz com isso, o Jorge Mourinha deu-lhe quatro estrelas (mas deixou a pergunta acima). Ora veja porquê.
Hoje acontece
  • O IPMA avisou para o mau tempo: a partir das 15h00, há alerta máximo em sete distritos.
  • Termina o período de subscrição dos direitos do aumento de capital do BCP.
  • No Parlamento discute-se a lei de liberdade sindical na PSP, mas também osnovos poderes dos administradores de insolvência.
  • Também por lá, discute-se quem deve ser português. O PS e o Governo parecem já ter uma resposta.
  • A Comissão de Inquérito à CGD volta a reunir-se, para decidir quem mais vai ouvir (e quando fecham os trabalhos). Pacífica não será.
  • No Reino Unido, Theresa May apresenta o Livro Branco do Brexit, onde detalha os objectivos para as negociações com a UE.

Só mais um minuto 

Porque há histórias que vai gostar de conhecer. Por exemplo:
A da noiva rica e “tímida” que recusou 65 propostas de casamento (que vem da busca do The New York Times pelos anúncios e notícias de casamentos que vem publicando desde 1851).
Ou esta outra, que nasce de uma pergunta: o que diz o Homem-Aranha quando assalta um museu e é apanhado? (contando o julgamento do homem que roubou cinco pinturas de artistas como Picasso e Matisse, explicando como foi tão fácil levar tudo).
E também esta, a do jogador que teve que sair de um clube 15 horas depois de chegar(por causa de um mal-entendido contado por um jornalista, que acabou numa ameaça dos sócios).
É isso, o essencial da informação é que seja confirmada com cuidado e escrita com prudência. É o que aqui fazemos, dia a dia, mantendo permanente atenção ao que se passa. Cá estaremos, hoje também, para lhe ir contando tudo. Como deve ser.
Um dia bom. Até amanhã!

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