Bom dia. Mais uma voltinha, mais uma viagem pela semana que hoje começa. Mais um Expresso Curto sem os rococós da newslleter. Assim, a frio. Frio que é o que não falta nestes Invernos em que facilmente concluímos que em Portugal os arquitetos e similares da construção civil são uns nódoas que fazem casinhas bonitinhas mas sem os requisitos necessários para os Invernos “pesados” que temos. Eles lá sabem, são dótores do traço e do betão e nós devemos ficar todos caladinhos que os tipos é que estudaram… Pois. Adiante que já são mais que horas.
Mais em baixo vem o senhor Pedro Guerreiro, do Expresso, falar de maroscas. Maroscas do governo, deste, do senhor Costa. Maroscas são o que nunca tem faltado na política. Não há vivalma na política que seja defacto honesto. E escapam sempre. O senhor Pedro explica o que pode. Por nós, cidadãos registamos quão são vigaristas estes tipos da política… Até em alterar datas, até em mentir ou omitir, apesar de deverem saber que nada melhor para as pessoas, para os países, que a verdade e a honestidade. Exatamente por isso têm as reputações na escala adequada: vigaristas, ladrões, corruptos… e etc.
Dirão, alguns da plebe, pois, mas não são todos. Pois não devem ser. Provavelmente não. Contudo só podemos aferir e constatar o que são quando passam pelos governos e por poderes paralelos. O poder corrompe e estimula à desonestidade, à marosca. Fiquemos certos por via das provas de décadas que temos experimentado. Nisso os deste governo não são muito diferentes do anterior, do Passos, nem o de Sócrates, do Barroso, nem os governos de Cavaco. Uns mais que outros mas sabemos, entranha-se nas nossas peles, que não são flores que se cheirem mas sim um imenso bando de vigaristas com cheiro a caneiros. Por enquanto salvam-se aqueles que ainda não foram poder, não foram governo. Só por isso não há quase nada a dizer, a apontar. Ou não há mesmo nadinha. Mas certo é estarmos sempre de pé-atrás acerca desses bandidecos ou bandidões a que chamam políticos.
Está dito. Proveniente cá de dentro das décadas de vida a sermos governados (desgovernados) por cliques de homens e mulheres que não mereceram a nossa confiança, os nossos votos. À vista estão os conluios com o grande capital, com os banqueiros. Com os escritórios de advogados e outros interesses que aos portugueses nada interessam e que pagamos a peso de ouro. Paralelamente, quanto mais em conluio com as elites mafiosas mais a miséria cresce entre as populações.
Como diria o outro: vão dar banho ao cão, pás!
Bom dia. Sejam bem vindos ao sistema do salve-se quem puder e quem mais mentir, roubar e fizer maroscas!
Pois. Sigam para o Curto do Pedro Santos Guerreiro, com muito para ler. Não esqueçam, usem os vossos miolos para pensar. Não doí nadinha.
MM / PG
Temos marosca
Pedro Santos Guerreiro - Expresso
Estávamos nós no mentiu-não-mentiu-omitiu-ó-tio-ó-tio de Mário Centeno quando ouvimos que o governo “manipulou” a data de alteração da lei para apanhar o Parlamento a entrar de férias e assim tudo passar despercebido. Falamos, ainda e sempre, do decreto-lei para isentar as apresentações de declarações de rendimentos e património dos administradores da Caixa Geral de Depósitos.
Quem no-lo disse? Foi o líder da oposição, perdão, o advogado, perdão, o comentador político, perdão, o político Marques Mendes. Chamou-lhe “marosca”.
A revelação, que, como se vê nas primeiras páginas dos jornais de hoje, vai marcar o dia, foi feita ontem à noite na SIC:
"O Governo manipulou a data de publicação deste decreto em Diário da República. O Presidente da República promulgou-o a 21 de junho, mês seis, e o habitual é a publicação ocorrer dois, três, quatro dias após a promulgação. Mas só foi publicado a 28 do mês de seguinte, de julho, que é o início das férias dos deputados. Deste modo não se aperceberiam do decreto-lei e não podiam pedir a sua análise no Parlamento"
O PS bem quer resumir a polémica a “tricas”, como disse António Costa, e o PCP até lhe chama folhetim, daqueles que deviam acabar. Mas o caso é uma sarna para o Executivo.
Depois de ter conseguido a vitória da aprovação da Comissão Europeia e do BCE para aumentar o capital da Caixa em cerca de cinco mil milhões de euros sem que tal fosse considerado ajuda de Estado, o caso tornou-se a maior e mais duradoura crise do Governo, que se vai centrando no ministro das Finanças, Mário Centeno. Vejamos:
#1: António Domingues exigiu em abril do ano passado que a então futura e agora passada administração da CGD fosse dispensada de apresentar declarações de património e rendimentos. A exigência pode parecer um capricho mas foi justificada com o facto de só assim se conseguir convidar a equipa desejada - e até havia uma razão para invocar: o BCE e a UE só aceitariam que o aumento de capital não fosse considerado ajuda de Estado se o banco público fosse gerido como um banco privado. Nos bancos privados, não há apresentação destas declarações. O problema não foi sequer esse, foi tudo ter sido feito para manter essa exigência em segredo. A gestão é privada mas o dinheiro é público. A transparência também devia ser: pública. Mas tudo foi ocultado.
#2: o governo aceitou que fosse o escritório de advogados de Domingues a desenhar a lei, preparando a alteração do estatuto de gestor público. Fê-lo sem dizer nada a ninguém. Tudo foi ocultado.
#3: a alteração ao estatuto do gestor público foi feita num Conselho de Ministros no verão em que Mário Centeno não esteve presente. Como o Expresso então noticiou, essa ausência causou estranheza e tal fez com que não houvesse confronto entre o responsável das Finanças e os demais ministros sobre o diploma. Tudo foi acalmado.
#4: quando Marques Mendes revelou que o governo alterara a lei para dispensar a apresentação de declarações de rendimentos e património, o segredo acabou. O governo começou a entrar em contradições sobre ter ou não assumido o compromisso com António Domingues. Cartas divulgadas na semana passada provaram que a condição foi apresentada e aceite. Mário Centeno tornou-se alvo, António Costa disse que nunca soube de nada, assim como Marcelo Rebelo de Sousa. Tudo começou a ser revelado.
#5: Marques Mendes revela agora que, além do segredo na negociação, o governo só avançou com o diploma em cima das férias do Parlamento. Dessa forma, o diploma teria mais possibilidades de passar entre os pingos da chuva. Ou entre os raios de sol de agosto. Tudo foi disfarçado.
Marques Mendes não é o líder da oposição mas parece. Mesmo sabendo-se que ele é oposição inconfessa também ao principal partido da oposição. Mendes é muito mais próximo de Marcelo do que de Passos – e aliás tem sempre poupado o Presidente nesta polémica. Ontem fez o mesmo, dizendo apenas que o Presidente devia ter ficado calado.
Quando uma peça do enredo começa a acalmar, logo surge outra. O caso Caixa não é uma marosca, é uma matriosca.
Quem no-lo disse? Foi o líder da oposição, perdão, o advogado, perdão, o comentador político, perdão, o político Marques Mendes. Chamou-lhe “marosca”.
A revelação, que, como se vê nas primeiras páginas dos jornais de hoje, vai marcar o dia, foi feita ontem à noite na SIC:
"O Governo manipulou a data de publicação deste decreto em Diário da República. O Presidente da República promulgou-o a 21 de junho, mês seis, e o habitual é a publicação ocorrer dois, três, quatro dias após a promulgação. Mas só foi publicado a 28 do mês de seguinte, de julho, que é o início das férias dos deputados. Deste modo não se aperceberiam do decreto-lei e não podiam pedir a sua análise no Parlamento"
O PS bem quer resumir a polémica a “tricas”, como disse António Costa, e o PCP até lhe chama folhetim, daqueles que deviam acabar. Mas o caso é uma sarna para o Executivo.
Depois de ter conseguido a vitória da aprovação da Comissão Europeia e do BCE para aumentar o capital da Caixa em cerca de cinco mil milhões de euros sem que tal fosse considerado ajuda de Estado, o caso tornou-se a maior e mais duradoura crise do Governo, que se vai centrando no ministro das Finanças, Mário Centeno. Vejamos:
#1: António Domingues exigiu em abril do ano passado que a então futura e agora passada administração da CGD fosse dispensada de apresentar declarações de património e rendimentos. A exigência pode parecer um capricho mas foi justificada com o facto de só assim se conseguir convidar a equipa desejada - e até havia uma razão para invocar: o BCE e a UE só aceitariam que o aumento de capital não fosse considerado ajuda de Estado se o banco público fosse gerido como um banco privado. Nos bancos privados, não há apresentação destas declarações. O problema não foi sequer esse, foi tudo ter sido feito para manter essa exigência em segredo. A gestão é privada mas o dinheiro é público. A transparência também devia ser: pública. Mas tudo foi ocultado.
#2: o governo aceitou que fosse o escritório de advogados de Domingues a desenhar a lei, preparando a alteração do estatuto de gestor público. Fê-lo sem dizer nada a ninguém. Tudo foi ocultado.
#3: a alteração ao estatuto do gestor público foi feita num Conselho de Ministros no verão em que Mário Centeno não esteve presente. Como o Expresso então noticiou, essa ausência causou estranheza e tal fez com que não houvesse confronto entre o responsável das Finanças e os demais ministros sobre o diploma. Tudo foi acalmado.
#4: quando Marques Mendes revelou que o governo alterara a lei para dispensar a apresentação de declarações de rendimentos e património, o segredo acabou. O governo começou a entrar em contradições sobre ter ou não assumido o compromisso com António Domingues. Cartas divulgadas na semana passada provaram que a condição foi apresentada e aceite. Mário Centeno tornou-se alvo, António Costa disse que nunca soube de nada, assim como Marcelo Rebelo de Sousa. Tudo começou a ser revelado.
#5: Marques Mendes revela agora que, além do segredo na negociação, o governo só avançou com o diploma em cima das férias do Parlamento. Dessa forma, o diploma teria mais possibilidades de passar entre os pingos da chuva. Ou entre os raios de sol de agosto. Tudo foi disfarçado.
Marques Mendes não é o líder da oposição mas parece. Mesmo sabendo-se que ele é oposição inconfessa também ao principal partido da oposição. Mendes é muito mais próximo de Marcelo do que de Passos – e aliás tem sempre poupado o Presidente nesta polémica. Ontem fez o mesmo, dizendo apenas que o Presidente devia ter ficado calado.
Quando uma peça do enredo começa a acalmar, logo surge outra. O caso Caixa não é uma marosca, é uma matriosca.
OUTRAS NOTÍCIAS
(Isto de apanhar o Parlamento de férias dá um jeitão para abafar polémicas – e não é só cá. Segundo o The Guardian, o governo britânico quer que Donald Trump marque a sua visita oficial ao Reino Unido para uma data em que Westminster esteja… fechado para férias, evitando assim que o Presidente dos EUA lá discurse. Mas já vamos a Trump.)
Depois da contagem dos precários no Estado, falta definir quantos e com que critérios serão integrados nos quadros. O Bloco quer que o tempo de serviço anterior seja considerado, o mas o governo ainda não disse como fará. Se nada mudar, os precários do Estado podem perder remuneração para deixarem de sê-lo.
Passos Coelho diz que o número de trabalhadores com baixos salários cresceu com as políticas do atual Governo, estimando que no final de 2016 "quase um milhão" de trabalhadores ganhava o salário mínimo.
Diga o que disser Passos, o PSD continua em queda. No estudo mensal da Eurosondagem para o Expresso e SIC, o PSD tem agora 29,2% de intenções de voto, o pior resultado para os sociais-democratas desde as legislativas de 2015. Em contrapartida, e apesar da crise com a TSU, o Partido Socialista voltou a subir, para 37,8%.
O primeiro-ministro esteve na da República Centro-Africana, para visitar os 160 militares portugueses ali destacados, no combate ao terrorismo e à causa da chegada de refugiados à Europa.
Cavaco Silva anotava todas as reuniões e alguns telefonemas em cadernos A5 azuis. Recorreu a esses registos para escrever o livro que lançará esta semana, com as memórias políticas da sua presidência. José Sócrates será personagem principal, como se percebe na pré-publicação no Expresso. Basta ler esta frase: “As palavras não se conformavam à realidade dos factos e passei a olhar desconfiado para as ‘boas notícias’ de Sócrates”.
Começa hoje o julgamento dos vistos gold, que envolve Miguel Macedo, que se demitiu de ministro de Passos Coelho precisamente quando o escândalo rebentou. O Observador faz a resenha do caso.
Em dez anos, o programa Erasmus já levou 1700 professores e funcionários para fora, noticia o DN.
O Governo assina esta semana o acordo que formaliza a escolha do Montijo como localização para a extensão do aeroporto de Lisboa. “Projeto ainda não saiu do papel, mas o preço das casas já subiu 10%”, revela também o DN.
A Polícia Judiciária está a investigar dois irmãos lusodescendentes, que vivem há três meses numa aldeia do concelho de Almeida, por suspeita de ligação a grupos radicais islâmicos, revela em machete o Jornal de Notícias.
Um refugiado sírio em Coimbra teve 20 valores no mestrado em robótica. Mohammad Safeea chegou a Coimbra em 2014 onde, no ano passado, tirou a nota máxima na tese de mestrado em engenharia mecânica. O feito valeu-lhe um lugar especial na universidade de Coimbra, onde o jovem de 29 anos quer viver para sempre.
Frank-Walter Steinmeier foi eleito este domingo Presidente da República Federal da Alemanha. Tido como um “anti-Trump”, o político comprometeu-se em promover o diálogo e a democracia nestes “tempos tempestivos e quando muitos cidadãos receiam que o mundo “se desfaça”. Merkel elogiou-o. Marcelo Rebelo de Sousa não perdeu tempo: felicitou-o e convidou-o a visitar Portugal para “estreitar” laços entre os dois países.
Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul pediram no domingo uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das ONU, depois do lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte que voou em direção ao mar do Japão.
No “Cantinho Trump”:
O Presidente dos Estados Unidos recebe hoje o primeiro-ministro do Canadá na Casa Branca. Justin Trudeau visita-o numa altura em que o seu país teme medidas protecionistas dos EUA que prejudiquem a sua economia.
Na semana passada, publicámos no Expresso Diário cinco ensaios sobre Donald Trump, um por dia. Leia, ou relei-a:
Henrique Raposo: “A ignorância eurocêntrica sobre Trump”
Pedro Mexia: Lamento ver gente à direita achar que tudo isto é normal
Ricardo Costa: “Trump, Dilma e a desgraça dos impeachments”
Daniel Oliveira: “A ditadura do burburinho”
Clara Ferreira Alves: “Trump, um ensaio (de porrada)”
António Guterres está em périplo no Médio Oriente. Ontem, na Arábia Saudita, o secretário-geral da ONU insistiu que a falta de propostas políticas alimenta os terroristas e instou ao combate contra a retórica que relaciona o Islão e o terrorismo: quer uma solução global para a guerra na Síria.
O Porto foi eleito na sexta feira pelo terceiro ano consecutivo como o melhor destino europeu. Horas depois, o presidente da Câmara, Rui Moreira, deu na sua página no Facebook uma bela castanhada no Turismo de Portugal (a que chamou de Turismo de Lisboa...), por não ter feito qualquer referência à eleição. Como relata o JN, seguiu-se uma enchente de comentários críticos na página do organismo público
A Lone Star está a ultimar a sua oferta para o Novo Banco, revela o Negócios. O candidato deixa cair a exigência de garantia de Estado e propõe outro mecanismo de partilha dos riscos da instituição.
A cortiça está a viver o seu melhor ano de sempre, com o setor perto de bater a fasquia de mil milhões de exportações, analisa o Eco.
A esquerda quer travar despejos por motivo de obras, noticia o Negócios.
Isabel Ferreira, 43 anos, professora e investigadora em Bragança. Já ouviu falar? Então leia, para saber quem é quando ouvir falar. “Por amor à ciência”.
E de André Allen Anjos, já ouvir falar? Venceu um Grammy, o de Melhor Gravação Remisturada. Já a caminho da cerimónia anual dos Óscares, o filme La La Land venceu cinco das nove nomeações dos prémios BAFTA. A lista completa dos vencedores está aqui. Crónica do The Guardian aqui.
FRASES
“Fazer uma lei ‘ad hominem’ é razão para demitir Centeno”.Álvaro Santos Almeida, na Rádio Renascença.
“Parece-me óbvio que Mário Centeno se devia ter demitido ou devia ter sido demitido”. Luís Aguiar-Conraria, ibidem.
“Sócrates já conseguiu condicionar quem decide sobre os prazos da acusação. Face ao ‘drama’ de acusar ou não até março, quem quer saber da verdade?” Eduardo Dâmaso, no Correio da Manhã.
“A Alemanha jamais perdoará a dívida grega”.Wolfgang Münchau, no Diário de Notícias.
O QUE EU VOU LER
“O Porto era ela!”. Ela? “Ela tem qualquer coisa que os outros não tinham”. Por exemplo, “uma alegria de viver que eu não tinha: um imenso sentido de humor.” Ela dizia: “Sou tão feliz com o meu marido que nos deviam chamar Casal Garcia”. Ela. “Para ela, havia muito pouca gente com talento. Nem sei como é que ela escrevia. Não fazia emendas. Deitava as folhas para o chão, que o marido, que era um santo, apanhava”.
Estas frases são da magnífica entrevista publicada no Expresso deste sábado a António Lobo Antunes, que deve (mesmo) ler. Mas isto não é sobre ele, é sobre ela, que dele aliás escreveu, vai para cima de um quartel de século, que “não se tratava de um carreirista das letras nem jovem zangado, como foi moda apelidar os snobs inteligentes. Tratava-se muito simplesmente dum homem em más relações com a justiça dos homens. Até com a injustiça deles.”
Ela: Agustina Bessa-Luís. "Ensaios e Artigos (1951-2007)”, uma edição da Fundação Calouste Gulbenkian apresentada há dias, reúne textos publicados na imprensa ao longo de 56 anos, em três monumentais volumes, coordenados pela neta Lourença Baldaque, que ao Público explicou que até 1974 “o registo de Agustina ‘é menos político’, mas adquire ‘uma consciência social forte’ logo a seguir ao 25 de Abril – ‘fala das ruas, dos pobres, dos jovens, dos acontecimentos da época’”. E há textos sobre escritores, autores, sobre cidades, sobre acontecimentos, Agustina escreveu sobre tudo.
São perto de mil textos, que pode espreitar por exemplo neste “A a Z” selecionado pelo Diário de Notícias: aí encontrará a referência supra. Mas continue a ler, porque infra topará com muito mais. Agustina e os jornais, “uma relação quase interminável”, qualificou o Jornal de Notícias, que durou até ao ano em que sofreu um acidente vascular cerebral.
A escritora de quem sempre dirão ser a autora de “A Sibila”, a quem chamaram de “barroca”, “perversa”, “impiedosa”, até de “Rainha Vitória”, pode agora ler-se também nestes textos éditos, dispersos em jornais agora reencontrados em livro. “Nasci adulta, morrerei criança”, escreveu em “Um Cão que Sonha”. Em entrevista a Anabela Mota Ribeiro publicada em 2002, explicou-se: “Nasce-se inocente, mas com conhecimento daquilo que se é - aquilo que depois se procura através da arte, através de tantas manifestações humanas: de onde viemos, o que somos, para onde vamos. A criança sabe e depois vai perdendo essas faculdades. Mas nascer adulto e morrer criança, que é o que eu quero, isso é que é difícil.”
Arranque bem a semana com uma excelente segunda feira. Nós aqui estamos aí. No Expresso.
Bom dia!
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