quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Quer pagar menos IRS? Faça alguma coisa por isso

P
Mais e menos
  Rosa Soares  
Já foi ao e-fatura hoje? Só tem 15 dias para validar ou inserir facturas em falta. Este tema já foi abordado na Mais e Menos de 11 Janeiro a que pode aceder aqui (nas mais antigas), mas, porque o tempo está a esgotar-se, vale a pena recordar que é necessário confirmar as facturas entradas no e-fatura ou inserir as que possam estar em falta. Boa parte das que estão submetidas precisam de ser classificadas, de forma a integrarem as respectivas categorias (educação, despesas gerais, habitação …), como as de saúde com IVA de 23%, que para poderem ser integradas nesta categoria é necessário terem associada receita médica.
As rendas pagas em 2016 ainda não aparecem no portal, o que fazer? Por enquanto nada. Muitos inquilinos estão preocupados porque os recibos de renda não aparecem no e-fatura, mas esses valores, bem como as taxas moderadoras e algumas despesas de educação, como propinas, e outras, só começarão a aparecer a partir da segunda quinzena de Fevereiro. O mais provável é que alguma dessa informação esteja disponível apenas em Março. Mas se em Abril, quando começa a apresentação da declaração de IRS, o valor das rendas e outras despesas ainda não estiver disponível, não há problema, uma vez que os valores podem ser submetidos pelo inquilino quando preencher a declaração de IRS na Internet ou em papel. A apresentação da declaração de IRS de 2016 em dois meses (Abril e Maio) permitirá esclarecer e resolver melhor algumas questões.

Um lembrete para os accionistas do BPI. A Oferta Pública de Aquisição (OPA) das acções do banco está a entrar na recta final. O prazo para as ordens de venda, que depois de dadas não podem ser canceladas ou alteradas, termina na próxima terça-feira (7 de Fevereiro). Os pequenos accionistas devem avaliar as vantagens e desvantagens da oferta. Os espanhóis do Caixabank pagam 1,134 euros por cada acção. A redução da liquidez (numero de acções dispersas em bolsa) é um maior risco a ter em consideração.
… Afinal, o Postal Mealheiro dos CTT quebrou. Na Mais e Menos de 21 de Dezembro dei conta da existência de um seguro de capitalização, da Fidelidade, disponível aos balcões dos CTT, que permitia uma poupança programada, com uma taxa de juro interessante (face ao panorama geral dos produtos sem risco), sem comissões (…). Mas em 2017 a seguradora suspendeu este mealheiro, deixando de aceitar novos subscritores. Para quem o subscreveu até ao final do ano passado, o produto mantém-se, mas a taxa de juro, fixada anualmente, levou um corte brutal, passando de 0,9% ilíquidos para uns míseros 0,2%. Os prémios de permanência, de 0,25% por cada ano (até 3,5%/15 anos), mantêm-se. A Fidelidade justifica a decisão com a actual conjuntura económica, caracterizada por taxas de juro próximas de zero, e pelas novas exigências ao nível do capital, impostas pelos produtos de taxa e ou capital garantidos, fixadas pelas Regras de Solvência II. Estas exigências estão a levar as seguradoras a abandonar os seguros de capitalização, e a apostar em fundos de investimento autónomos (os unit-linked), em que o risco é transferido para os investidores. Apesar do corte da taxa, a continuação do Postal Mealheiro pode fazer sentido numa lógica de poupança programada (não são cobradas comissões e a taxa de imposto sobre os juros é mais baixa), ou se já acumulou alguns prémios de permanência. Atenção que o resgate do produto antes do final do quinto ano tem penalizações.
Sugestões, dúvidas, correcções podem ser enviadas para rosa.soares@publico.pt

Dar informação enganosa para atrair investimento passa a ser crime.
Até agora dar informações falsas ou tendenciosas é penalizado apenas enquanto "manipulação do mercado".

Fonte: Público

Nenhum comentário:

Postar um comentário