Un
Autre Monde é o título da exposição de trabalhos de patchwork
que está patente ao público na Casa Municipal da Cultura de
Cantanhede até 30 de Abril. A autora é Anne France, cidadã suíça
que escolheu o concelho para residir, conforme explicou na
inauguração que decorreu ontem, 22 de fevereiro, com a presença do
vereador da Cultura, Pedro Cardoso de várias dezenas de convidados.
A artista manifestou-se reconhecida ao Município “pela
amabilidade calorosa com que acolheram a ideia da exposição e a
forma empenhada como disponibilizaram os meios necessários que
permitiram concretizá-la de um modo muito bem conseguido”.
Segundo
Anne France, “esta oportunidade de mostrar um pouco da minha
atividade artística ajuda a sentir-me integrada, contribui para
reforçar os laços com esta comunidade onde escolhi viver com o meu
marido. E do ponto de vista artístico é muito gratificante, pois
creio que também suscita a curiosidade relativamente ao que faço
para além do patchwork, designadamente as outras técnicas que uso
para me expressar artisticamente, como a cerâmica, os trabalhos em
madeira e a bijutaria, entre outras”.
Na
sessão de abertura, o vereador da Cultura lembrou “que a Casa
Municipal da Cultura de Cantanhede é um espaço de divulgação de
todas as formas de manifestação artística, estatuto que confirma
mais uma vez com esta exposição da criatividade superlativa de Anne
France em trabalhos de extrema minúcia e técnica
apuradíssima”. Pedro Cardoso agradeceu à artista o facto de
“partilhar um pouco da sua arte, proporcionando o conhecimento
as possibilidades criativas do patchwork, aqui evidenciadas numa
linguagem muito própria a partir da utilização de uma técnica
muito desenvolvida noutros países mas que não é muito frequente
vermos por cá”.
Na
brochura editada a propósito da exposição, o presidente da Câmara
Municipal propõe uma sugestão de leitura para Un Autre Monde,
“título que parece ter subjacente a ideia de lugar de refúgio
para a autora, um refúgio que eu arrisco interpretar como um lugar à
parte das mundanidades do quotidiano, talvez para as exorcizar
através da sua arte singular”.
Para
João Moura “o resultado é bem eloquente de uma dimensão
criativa só possível para quem tem um perfeito domínio das artes
decorativas, e muito especialmente da técnica do patchwork, aqui
expressa em trabalhos admiráveis, quer do ponto de vista conceptual,
quer ao nível da execução. É nesse sentido que me atrevo a dizer
também que o universo fantasioso de Anne France nos transporta para
“Um Outro Mundo”, aqui entendido como uma proposta artística que
ainda não tínhamos visto na Casa Municipal da Cultura”.
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