Há quase um ano que passou a ser possível os pais assistirem a cesarianas, tal como acontece com partos vaginais, mas os anestesiologistas levantam questão em relação à segurança da regra.
A Ordem dos Médicos (OM) defende que os pais não deveriam assistir a partos por cesariana, o que é permitido desde julho de 2016, de acordo com o jornal “Público”. Há vários anos que os pais podem estar presentes nos nascimentos dos filhos por parto vaginal, mas há quase um ano que podem também acompanhar nascimentos por cesariana. No entanto, o colégio da especialidade de Anestesiologia da Ordem dos Médicos deu um parecer crítico em relação à regra, com o atual e o anterior bastonários a questionarem o despacho.
“Compreende-se e valoriza-se a importância da presença parental ou de outra pessoa considerada significativa no acompanhamento da grávida durante as diferentes fases do trabalho de parto. Contudo, considera-se não apropriada a presença daquele utente em ambiente de sala operatória”, pode ler-se no parecer que foi publicado na última revista da OM, citado pelo “Público”.
As razões para o parecer prendem-se com questões de segurança e qualidade clínicas, apesar de os hospitais terem tido três meses para se adaptarem e criarem condições para o acompanhamento dos partos por cesariana. A excepção são casos de situação clínica grave. O parecer refere que o bloco operatório é “um espaço de uma elevada especificidade, técnica e logística, que não se coaduna” com a presença de pessoas “estranhas àquela atividade”, acrescenta o matutino.
Fonte: JE
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