O secretário provincial da CASA-CE na Huíla, o assessor político do presidente da Juventude Patriótica Unida, organização juvenil da coligação, e o seu membro fundador na província do Uíge anunciaram ontem, em Luanda, o abandono das suas fileiras, por discordarem do projecto de liderança do presidente Abel Chivukuvuku.
Em conferência de imprensa, realizada para esclarecer as razões da decisão que tomaram, Adalberto Katchiungo, Geovety Silva e Augusto Bartolomeu acusaram o líder da CASA-CE de sonegação de acordos, de possuir duas agendas políticas e estar ao serviço de interesses externos.Os dissidentes consideram que o Acordo Constitutivo da CASA-CE tornou-se um projecto político inviável. Fazendo referência aos pontos 1 e 2 do artigo 3º do Acordo Constitutivo, Adalberto Katchiungo destacou que a existência da coligação está em risco, uma vez que o documento menciona que a CASA-CE tem a duração da legislatura que resultar das eleições gerais de 2012.
O documento, segundo o antigo dirigente, diz também que os integrantes da coligação podem decidir a sua extinção, por deliberação tomada por mais de dois terços dos seus membros. O até então secretário provincial da CASA-CE na Huíla, Adalberto Katchiungo, acusou Abel Chivukuvuku de evidenciar publicamente “vínculos de voluntariado institucional com uma outra soberania”. Referiu que contrariamente aos membros do conselho executivo nacional, os membros do conselho presidencial estão maleáveis a interesses do presidente Abel Chivukuvuku. “Como manda a Lei dos Partidos Políticos, os documentos aprovados nos congressos partidários são depositados no Tribunal Constitucional. No congresso da CASA-CE, realizado em Setembro último, parte da documentação entregue não foi submetida à apreciação do conselho executivo”, exemplificou.
Novo projecto político
Os três dissidentes estão agora empenhados na legalização do Movimento de Unidade e Democracia para Angola (MUDA), um partido político que apresenta como doutrina ideológica a social-democracia cristã. “Já remetemos a documentação ao Tribunal Constitucional em Dezembro do ano passado. Até aqui temos estado a fazer a nossa parte, para obter a legalização e concorrer às eleições gerais de 2017”, adiantou. Adalberto Katchiungo, que preside à comissão instaladora do MUDA, acredita na participação desta nas eleições gerais, de forma isolada ou aliada a um outro partido político.
Novo projecto político
Os três dissidentes estão agora empenhados na legalização do Movimento de Unidade e Democracia para Angola (MUDA), um partido político que apresenta como doutrina ideológica a social-democracia cristã. “Já remetemos a documentação ao Tribunal Constitucional em Dezembro do ano passado. Até aqui temos estado a fazer a nossa parte, para obter a legalização e concorrer às eleições gerais de 2017”, adiantou. Adalberto Katchiungo, que preside à comissão instaladora do MUDA, acredita na participação desta nas eleições gerais, de forma isolada ou aliada a um outro partido político.
Geovety Silva disse que não subscreve o tribalismo, tráfico de influência e o abuso de confiança que entende que passaram a fazer morada na organização que abandona. Acrescentou que muitas vezes essas práticas são incentivadas pela liderança, contrariando a proposta inicial de alternativa ao poder da CASA-CE, que proclama uma governação justa e transparente em benefício de todos os angolanos. “Penso que está em causa um projecto nacional e daquilo que aprendi com a história precisamos de realizar Angola no interesse de todos. Na CASA-CE deixei de rever este propósito”, disse.
Augusto Bartolomeu, outro dissidente, lamentou que passados aproximadamente cinco anos desde a criação da coligação concluiu que se sente enganado. Realçou o incumprimento de promessas feitas há mais de três anos pela liderança e a perda de confiança no projecto de mudança por uma Angola melhor.
Adalberto Ceita – Jornal de Angola – Foto: Contreiras Pipa / Edições Novembro
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