quarta-feira, 22 de março de 2017

Dias 25 e 26 de março, sábado e domingo Ciclo de Teatro Amador do Concelho com espetáculos em Cantanhede, Sanguinheira, Covões e Franciscas

próxima jornada do 19.º Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede tem programadas para este fim de semana mais quatro atuações, duas das quais serão estreias no certame, designadamente as do Grupo de Teatro “Renascer” da Sanguinheira e do Grupo de Teatro “Os Esticadinhos” de Cantanhede, neste caso um regresso depois de algumas edições de ausência. Em itinerância vão estar o GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha e o Novo Rumo – Grupo Teatro de Amadores de Ançã, que irão apresentar as suas peças nas comunidades de duas entidades congéneres.
No sábado, às 21h30, o Grupo de Teatro “Renascer” apresenta no salão Paroquial da Sanguinheira uma nova edição do TVG – Televisão Gandaresa, espetáculo constituído por vários sketches que têm como fio condutor uma emissão televisiva com divertidos e diversificados conteúdos: As Lições do Tonecas, Telejornal e Casting dos Cromos são algumas das propostas de uma grelha de programas que também contempla compromissos publicitários.
Também no sábado, igualmente às 21h30, o Grupo de Teatro “Os Esticadinhos” estreia na sua sede Henrique V Que Queria Ser o Primeiro, a partir do texto original do dramaturgo brasileiro Emílio Boechat. Esta divertida comédia relata a guerra de poder entre Henrique V, Rei da Escócia, e Luís I, Rei de França, abordando as principais implicações de um processo dessa natureza numa narrativa que dá conta das aventuras e desventuras amorosas próprias da história. Será a Rainha Elisabeth quem por fim assumirá o poder e o governo de Inglaterra, casando posteriormente com o Rei de França, o que conduz à união de ambas as coroas reais.
No domingo, às 15h30, o GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha sobe ao palco do auditório da Filarmónica de Covões para representar As Duas Cartas. Trata-se de uma comédia de costumes a partir de um texto original de Júlio Dinis que tem a ação centrada em dois jovens de classes sociais completamente diferentes que lutam pela conquista da mesma donzela. A troca involuntária de sobrescritos, cujos conteúdos são completamente antagónicos, proporciona um conjunto de peripécias e equívocos que, após os devidos esclarecimentos, proporcionam um final feliz.
Ainda no domingo, 26 de março, o Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã atua na sede da Associação do Grupo Musical das Franciscas pelas 15h30. Em cena vai estar A Bela e o Monstro, comédia da autoria de Steve Johnston cuja ação decorre na pacata aldeia de Brescos (Alentejo). Vicente Leão, um alentejano rico, apaixona-se por Preciosa, uma pobre moça que vem servir para sua casa, onde Dona Custódia, a governanta, alimenta há muito uma paixão não correspondida pelo patrão. Maquiavélica e astuta, Custódia tenta de tudo para afastar Preciosa de Leão, desde as poções mágicas do Dr. Albright, charlatão lá do sítio, aos conselhos da bruxa Judite, entre outros sortilégios desta hilariante história em que realidade e fantasia se cruzam a cada cena.

Sobre o grupo Teatro Renascer da Sanguinheira
O Grupo de Teatro Renascer é uma secção do Centro Social de Recreio e Cultura da Sanguinheira (C.S.R.C.S.), a associação com atividade cultural (organizada) mais antiga da Freguesia da Sanguinheira, estreando-se ao público pela primeira vez em 26 de março de 1981.
O Grupo surgiu da vontade de um conjunto de jovens representar. Iniciou a sua atividade nessa altura para não mais cessar e levar continuamente a palco, todos os anos, peças de autores consagrados, como também algumas escritas por elementos ligados ao grupo, tanto da Sanguinheira como de outras localidades.
Para além das peças de teatro, que tem apresentado publicamente durante os largos anos de existência, os elementos do grupo também participaram em várias edições da Feira Medieval de Coimbra, como figurantes, e entre os seus associados encontramos os fundadores da primeira associação da Freguesia da Sanguinheira (C.S.R.C.S.).

Sobre o Grupo de Teatro “Os Esticadinhos” de Cantanhede
O Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede, fundado em 1935, conhecido e reconhecido pelos seus pares, mesmo além-fronteiras, de modo a construir mais uma fonte onde as suas gentes pudessem beber cultura, formou em 1985 o grupo de teatro “Os Esticadinhos”. Para a sua génese em muito contribuíram Carlos Garcia, que fazia parte da direção desta coletividade desde então, e António Francisco, conhecido por todos como “Chico Carteiro”, o qual durante anos coordenou as peças de teatro (“Culpa e perdão”; “Malditas letras”; “Deus, ciência e caridade”; “Marido da minha mulher”; “Código penal”; “como se vingam as mulheres”; “Erro judicial”; “Meu marido que Deus o haja”; “Justiça ou vingança”; “Criado distraído”; “A órfã”; “Que mulheres”; “Casa de Pais”; “Cavalheiro respeitável”; “Duas causas”; “Marido de duas mulheres”; “Filho pródigo”; “Tire daí a menina”; “Filho sozinho”; “Flor da Aldeia”; “Crime de uma mulher honesta”; “Namoro engraçado”; “Rainha Santa” e “Processo de Jesus”). A peça “Processo de Jesus” foi relevante, tendo alcançado um êxito a nível de teatro amador no concelho. Participaram quatro dezenas de personagens, elementos do grupo, bem como atores dos grupos de teatro das Franciscas, Murtede, Sanguinheira e Vila Nova de Outil. Esta peça foi a palco em todas as localidades referidas e várias vezes na cidade de Cantanhede, chegando a ser apresentada na cidade de Viseu no ano de 2000.
Em 2003 foi levada a palco a peça “Inês de Castro” encenada por Dulce Sancho.
Em 2004, passou a coordenar o grupo de teatro Carlos Pacheco, o qual encenou e levou a palco as peças “Terra Prometida”, “Está lá fora o Sr. Inspetor”, “Tá tudo Maluco”, “Hotel 69”, “Inês de Castro e Rainha Santa” e “A Sr.ª Presidenta”. Todas as peças referidas são originais escritas pelo próprio Carlos Pacheco e apresentadas no Ciclo de Teatro promovido pelo Município entre os anos de 2004 a 2011.
Por ser uma vontade da Direção do Rancho Regional “Os Esticadinhos” e uma valência de grande importância e expressão cultural e de lazer, em 2016 foi ativado o Grupo de Teatro “Esticadinhos”, do qual é responsável Fernando Geria, tendo reunido um grupo de voluntários maioritariamente “esticadinhos”, movidos pelo “bichinho do Teatro” e que de uma forma arrojada, mesmo em contratempo, decidiram participar no XIX Ciclo de teatro do Município de Cantanhede.

Sobre o GATT - Grupo Amador de Teatro da Tocha
As origens do GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha ninguém as sabe ao certo e também não existe nenhum documento escrito onde estejam registadas. São os elementos antigos com mais anos de casa que contam, entre as memórias que ainda surgem, os momentos mais marcantes de que há lembrança.
Os ensaios decorriam na antiga sede, localizada na Rua Dr. José Gomes da Cruz. A primeira peça foi levada à cena na década de 60, no antigo Grémio de Instrução e Recreio da Tocha, onde se realizavam os bailes (no atual café Esplanada), mas a continuidade perdeu-se.
É na década de 70, pelas mãos de Júlio Garcia Simão, encenador e antigo funcionário do Rovisco Pais, que o Grupo de Teatro ganha novo alento. Mais tarde é substituído por Américo Guímaro, que levou à cena a peça "A Forja", também encenada no Festival de Teatro de Montemor-o-Velho. É com ele que se estreia a peça "Frei Thomaz".
Segue-se novamente um período de interregno, onde apenas se fazem alguns "sketches", para em 1984 Júlio Campante, de Coimbra mas casado com a professora da escola primária da Tocha, dar uma nova dinâmica ao Grupo Amador de Teatro, que com ele começou a atuar em palcos um pouco por todo o país.
O bichinho do teatro ficou de vez, e já na sede da Associação Recreativa e Cultural 1.º de Maio da Tocha, "o salão encheu-se um punhado de vezes". A população aderia aos espetáculos e é com o Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede e a participação no certame que o grupo se revitaliza e se consolida, ficando apenas marcada por um interregno de um ano, em 2003, devido a um vazio de direção instalado, e em 2012, por doença do ator principal, Américo Romão.
O Grupo de Teatro Amador da Tocha já levou a palco diversas peças de diferentes estilos, tais como "A Casa dos Pais", "Entre Giestas", "A Mala de Bernardete", "Serão Homens Amanhã", "Há Horas Diabólicas", "As Duas Cartas", "Uma Sardinha para Três", "Terra Firme", "Frei Thomaz", levada a palco na década de 1970 e que em 2009 voltou a estar em cena, seguida de “Falar Verdade a Mentir”, “A Forja”, “O Doente Imaginário”, uma adaptação do original da autoria de Molière, “Verdades e mentiras da vida real”, um original da autoria de José Maria Giraldo, e Desejo Voraz, peça com que encerrou a 18.ª edição do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede.

Sobre o Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã
O Novo Rumo – Grupo de Teatro de Amadores de Ançã é um grupo que nasceu da vontade de muitos amantes desta arte cénica, no ano de 1983, a 28 de março. Após um início conturbado, este grupo entrou numa fase de paragem e reflexão.
Em março de 2002, por convite da Junta de Freguesia de Ançã, na pessoa do então Presidente da Junta de Freguesia Dr. Pedro Cardoso, foram convidados todos quantos já haviam participado no referido grupo, no sentido de fazer reiniciar a sua atividade.
Retomada a atividade regular, o grupo tem vindo a participar ativamente no Ciclo de Teatro do Concelho de Cantanhede e esporadicamente no Ciclo de Primavera do INATEL, registando enorme acolhimento junto do público que o tem recebido.
O Novo Rumo, apesar de muitos anos de existência, começou do zero. Não existiam peças pertencentes ao grupo, não existia qualquer tipo de material cénico (roupas ou qualquer outro tipo de adereços), não tem um espaço próprio, com disponibilidade e condições de trabalho para ensaios e apresentações e os fundos são parcos. Apenas existe muito boa vontade, esforço, entusiasmo e paixão de todos os elementos que compõem o grupo.
Porém, porque sempre foi convicção deste grupo que, criando melhores condições de trabalho e apresentação de peças, este entusiasmo poderia ser ainda maior, dinamizando o público mais jovem para este tipo de arte, foi crescendo e adquirindo equipamento que permitisse melhorar cada vez mais o produto final a apresentar ao público.
Neste momento, dispõe de equipamento de som e luz, vocacionado para este trabalho e de excelente qualidade, adquirido com esforço dos elementos, ajuda dos sócios e a comparticipação da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal.
Desde o reinício do Grupo foram já levadas a cena as seguintes peças: Hora de partir, drama; O Gato, comédia; O meu Amor é traiçoeiro, drama; Os trinta botões, comédia; O amor, comédia; Aqui há fantasmas, comédia; O céu da minha rua, farsa; Sonho de uma noite de verão, comédia.
O Grupo de Teatro “Novo Rumo”, num processo de evolução natural, sentiu necessidade de divulgar as artes cénicas e o gosto por esta forma de arte milenar junto de um público mais infantil, por considerar ser este um desafio que apesar de exigente, poderia dar muitos frutos. Por isso, desde 2006 tem vindo a apresentar peças infantis, que pelo seu sucesso os motiva a fazer mais e melhor! Tem envolvido cerca de 10 crianças por peça e tem sido apresentada localmente, em algumas localidades, escolas do concelho e Hospital Pediátrico de Coimbra, com enorme sucesso. Peças Infantis já apresentadas: Ursinho Guloso – 2007; D. Tão Parlapatão – 2008; Biscoitos de Natal – 2008.
Após um período de interregno, em outubro de 2013, o Grupo de Teatro “Novo Rumo” retomou as suas atividades e participou na 16.ª edição do Ciclo de Teatro Amador, organizado pela Câmara Municipal de Cantanhede, com a peça “Uma Bomba Chamada Etelvina”, uma comédia escrita por Henrique Santana e Ribeirinho, posteriormente representou “dois maridos em apuros” e na última edição levou a palco “Daqui fala o morto”, de Carlos Llopis.



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