Alterações climáticas, populacionais e urbanas colocarão mais de 600 milhões de crianças em risco, altera a Unicef.
Mais de 600 milhões de crianças, ou uma em cada quatro, estão em risco de ficar sem acesso a água potável até 2040, de acordo com um relatório da Unicef divulgado para o Dia Mundial da Água que se comemora esta quarta-feira. Estas crianças vivem em regiões onde a procura excede em larga escala os recursos disponíveis, segundo o relatório “Thirsting for a Future: Water and children in a changing climate”.
Industrialização e movimentos demográficos têm aumentado o consumo de água em áreas como o sul da Ásia ou o Médio Oriente. “Em locais onde a procura é extremamente alta, a pressão sobre a água aumenta. Vai subir em zonas de rápida urbanização e já estamos a ver isto na África subsariana e na Ásia”, explicou um dos autores do relatório, Nicholas Rees, citado pelo jornal The Guardian, que analisou a escassez de fontes de água como ameaças à vida e bem-estar das crianças.
Há níveis de stress hídrico extremamente elevados em 37 países do mundo, o que significa que mais de 80% da água disponível para atividades como agricultura, indústria ou uso doméstico esgota todos os anos. Entre os principais fatores que causam escassez de água estão ainda o aumento das temperaturas, subida do nível da água do mar, cheias, secas e degelo, para além da pressão populacional.
“Queremos reduzir a mortalidade infantil. Esse é o objetivo. Mas não podemos acabar com a mortalidade infantil sem resolver as ameças ambientais que elas enfrentam”, acrescentou Rees. “O foco está na susceptibilidade a doenças, mas se não resolvermos o risco maior, não vamos conseguir. As alterações climáticas são muitas vezes sentidas através de uma mudança na água e o efeito de um clima em mudança é muitas vezes sentido pelas crianças através da água em primeiro lugar”.
Fonte: JE
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