“O Biocant Park demonstra bem aquele que deve ser o papel dos municípios em Portugal", afirmou o primeiro-ministro, António Costa, na inauguração do quinto edifício do parque de biotecnologia de Cantanhede.
Acompanhado do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o chefe do Governo enalteceu “o Biocant Park, pelo modo como o município de Cantanhede e duas universidades, a de Coimbra e a de Aveiro, foram capazes de constituir uma plataforma para atrair empresas e criar um quadro de desenvolvimento do tecido empresarial baseado na inovação".
Para António Costa “o novo edifício comprova o sucesso deste empreendimento que é um excelente exemplo daquilo que é fundamental no novo modelo de desenvolvimento português, o investimento na qualificação, inovação e na valorização económica do conhecimento. O Biocant Park”, adiantou o primeiro-ministro, "demonstra bem o novo papel que os municípios devem ter em Portugal, um papel que não passa apenas por assegurar a satisfação das necessidades básicas da população, pois têm que ser cada vez mais os grandes motores do desenvolvimento económico e social".
Segundo António Costa, “nenhuma política terá sucesso se o país não tiver em cada concelho a capacidade e energia de ir à procura dos empreendedores e das universidades. Só assim o país pode dar o salto em frente".
A este propósito, o chefe do Governo sublinhou “o facto de mais de 50% das empresas do novo edifício do Biocant Park serem estrangeiras, o que representa um excelente sinal de confiança na economia nacional. Aqui está-se a criar emprego e a atrair para Portugal empresas estrangeiras, contribuindo assim para criar o valor que precisamos para crescer mais".
Por seu lado o presidente da Câmara Municipal, João Moura, interpretou a presença do primeiro-ministro e de três ministros na inauguração do novo edifício como “o reconhecimento do Governo relativamente ao valor do investimento e da infraestrutura em que ele se insere, uma infraestrutura que, na prática, é o reflexo do modo como, desde há cerca de 15 anos, o Município de Cantanhede tem interpretado o seu papel de agente promotor de desenvolvimento”.
O líder do executivo camarário destacou “a participação empenhada de entidades que desde o início estão associadas ao processo, a começar pela Universidade de Coimbra e a Universidade de Aveiro, que souberam reconhecer em Cantanhede um ambiente propício para fazer crescer um empreendimento como o Biocant Park”, e considerou como fator determinante “o financiamento da União Europeia, o um testemunho de reconhecimento à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro”.
Referindo-se à evolução do projeto, João Moura lembrou que as empresas e unidades de investigação instaladas representam 40% do setor da biotecnologia em Portugal, frisando que, numa década, entre 2006 e 2015, o parque tecnológico gerou cerca de 30 milhões em impostos para o Estado português.
Segundo o autarca, está em curso desde há algum tempo “o desenvolvimento do núcleo industrial do parque, cujo objetivo é, até 2025, que no universo Biocant seja gerado um volume de negócios que poderá chegar aos mil milhões de euros, maioritariamente na exportação de conhecimento, produtos e serviços de alto valor acrescentado”. O presidente da Câmara considera que “este é um desafio porventura mais ousado que aquele que motivou o primeiro passo”, mas confia que, “com a determinação de sempre, aumentar-se-á significativamente o impacto económico e social do universo Biocant como fator estruturante para a economia da região e do País”.
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