A análise do Caixa BI é negativa para a empresa liderada por Francisco Lacerda. "O CTT tem uma das piores performances do PSI 20, com uma desvalorização desde o início do ano de 14% (contra + 13% do índice PSI 20).
“Prevemos receitas de 172,0 milhões, um EBITDA de 22,7 milhões de euros e um lucro líquido de 10,3 milhões de euros”, diz o analista do Caixa BI sobre os resultados trimestrais dos CTT – Correios de Portugal que vão ser anunciados ao mercado no próximo dia 31 de julho após o fecho do mercado.
A análise do Caixa BI é negativa para a empresa liderada por Francisco Lacerda. “O CTT tem uma das piores performances do PSI 20, com uma desvalorização desde o início do ano de 14% (contra + 13% do índice PSI 20). Os resultados devem estar bastante em linha com o trimestre anterior, mostrando que o negócio principal da empresa (os correios) está a perder força como fonte de receita, enquanto a empresa luta ao mesmo tempo para recuperar o negócio de Express & Parcels (correio expresso) e luta para consolidar a nova atividade bancária. O segmento de Serviços Financeiros deve ser a única nota positiva nos resultados do 2º trimestre de 2017″.
O lucro líquido previsto de 10,3 milhões de euros no 2º trimestre de 2017 traduz uma queda de 7,8% em relação ao período homólogo e uma queda de 0,7% face ao trimestre anterior, com uma margem de lucro de 6,0%.
Segundo o Caixa BI as receitas consolidadas deverão atingir 172,0 milhões de euros no 2º trimestre de 2017 estando por isso em declínio face a março (-2,8%) devido às receita do negócio core da empresa (Mail & Business) terem caído 4,4% face ao trimestre anterior.
Os volumes de correio terão diminuído 4,9% em relação ao período homólogo, sendo parcialmente atenuados pelo aumento de preços (+ 1,9%) implementado a 4 de abril.
O banco diz que este este trimestre, pior causa do efeito da Páscoa, afectou negativamente a performance da actividade de correio.
As receitas de Express & Parcels devem melhorar 2,6% em relação ao período homólogo para 30,6 milhões de euros, enquanto o segmento de Serviços Financeiros deverá continuar bastante resiliente em termos de receitas (17,4 milhões de euros), subindo 11,3% numa comparação anual.
O Banco CTT deve apresentar uma contribuição de 1,7 milhões de euros para as receitas consolidadas no 2º trimestre, mas ainda apresenta um EBITDA negativo de 6,7 milhões de euros.
O EBITDA consolidado deverá atingir 22,7 milhões de euros no 2º trimestre (-0,9% em relação ao período homólogo e -8,6% face a março), pressionado principalmente pelo segmento core de correio, que representa 86% do EBITDA consolidado no 2º trimestre.
As pressões contínuas no mix de preços do correio juntamente com um efeito sazonal devem levar a um declínio do EBITDA de 12,5% no 2º trimestre, neste segmento.
“Esperamos uma recuperação do EBITDA a actividade correio expresso e encomendas (E&P) para 0,8 milhões de euros depois de um valor negativo no trimestre anterior, embora permaneça abaixo do nível
registado no 2º trimestre de 2016.
O EBITDA dos Serviços Financeiros desempenhados pelos CTT deverão ficar pelos 9,1 milhões de euros no trimestre mantendo seu padrão resiliente (+ 19,8% numa base anual e + 0,4% face ao trimestre anterior). Segundo o Caixa BI a margem de EBITDA consolidada deve atingir os 13,2% (-0,2 p.p. face ao ano anterior e -0,8 p.p. face a março, mais uma vez pressionada pelos correios e pelos custos inerentes ao crescimento do Banco CTT.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento
Fonte: Jornal Económico
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