Toquem a reunir porra!
Precisamos de ordem. Ordem, decência e serviço público. Um país que vive adornado ao litoral, que não tem pessoas no interior e que tem no turismo, no eucalipto e nos aviários o escasso ganha-pão dos que cá insistem tem que se saber proteger. E tem que, forçosamente, receber a solidariedade dos do litoral porque os paises querem-se com subsidariedade. E com o beneficio ambiental que a floresta larga no betão.
Mas que vemos nós?
Os que mandam no reino andam na última limusina enquanto os bombeiros andam com carros do século passado, muitos deles vindos da Europa pragmática e outros tantos reutilizados da guerra colonial.
Todos os anos a pátria arde como estopa. Mas não se refloresta nem se ordena que até nisso, a política às vezes mete um asco tremendo, vimos agora o partido das nacionalizações lutar pela propriedade privada, mesmo que não tenha dono e coloque a dos outros em risco.
Um país que tem 4 forças, entre militares e policias, no Mediterrâneo mas que na hora de garantir a segurança dos seus, seja no estádio do Guimarães seja no povo que arde, não se entende nem se mobiliza.
Um país onde morrem dezenas num fogo mas onde a discussão, ao invés de ser ajudar as pessoas, é sobre se o atropelamento ou a síncope foram causa do fogo.
Um país que vê que faltam braços para ajudar à tragédia mas, passado um mês e com ela a repetir-se olhos adentro, ainda se apregoa que a tropa e a engenharia podem ajudar em vez de se dizer já cá estão.
Um país que não tira tudo o que tem, sejam militares ou gasóleo, tendas ou cozinhas de campanha, para por cobro ao lume e que ainda pede ao comandante que deixe de apagar o fogo para ir cuidar da logística; um país que sabe que tem povoações disruptivas, habitadas por velhos que já não podem ajudar mas querem ali viver e não os protege. Um país que vê correr água para o mar, animais a passar sede, fruta a secar, pasto a desaparecer e que não se entende para construir uma barragem, uma represa, uma charca que seja.
Um país que vê milhares de bombeiros a apagar fogo e que não tem um pouco de água para lhes chegar e ainda tem que ser a solidariedade a mitigar a sede de quem até tem manual da nutrição mas não tem nutrientes.
Um país que se vê nesta enorme tragédia, neste dobre de finados que toca de forma incessante do Tejo para cima, da raia para cá e que não vê um rasgo, uma vontade, um apelo, uma voz de comando a exigir uma mobilização geral de tudo o que possa ajudar a extinguir e que vê o jogo politico, que devia ser para ajudar as pessoas porque elas é que votam e sustentam essa chusma muita da qual nunca fez nada a não ser subir o escadório partidário e alapar-se às prebendas do Estado que trata bem os apaniguados mas esquece a protecção das populações, a passar culpas ao invés de procurar soluções e consensos que temos as casas a arder…bom isso não é um país.
Um país onde morrem dezenas num fogo mas onde a discussão, ao invés de ser ajudar as pessoas, é sobre se o atropelamento ou a síncope foram causa do fogo.
Um país que vê que faltam braços para ajudar à tragédia mas, passado um mês e com ela a repetir-se olhos adentro, ainda se apregoa que a tropa e a engenharia podem ajudar em vez de se dizer já cá estão.
Um país que não tira tudo o que tem, sejam militares ou gasóleo, tendas ou cozinhas de campanha, para por cobro ao lume e que ainda pede ao comandante que deixe de apagar o fogo para ir cuidar da logística; um país que sabe que tem povoações disruptivas, habitadas por velhos que já não podem ajudar mas querem ali viver e não os protege. Um país que vê correr água para o mar, animais a passar sede, fruta a secar, pasto a desaparecer e que não se entende para construir uma barragem, uma represa, uma charca que seja.
Um país que vê milhares de bombeiros a apagar fogo e que não tem um pouco de água para lhes chegar e ainda tem que ser a solidariedade a mitigar a sede de quem até tem manual da nutrição mas não tem nutrientes.
Um país que se vê nesta enorme tragédia, neste dobre de finados que toca de forma incessante do Tejo para cima, da raia para cá e que não vê um rasgo, uma vontade, um apelo, uma voz de comando a exigir uma mobilização geral de tudo o que possa ajudar a extinguir e que vê o jogo politico, que devia ser para ajudar as pessoas porque elas é que votam e sustentam essa chusma muita da qual nunca fez nada a não ser subir o escadório partidário e alapar-se às prebendas do Estado que trata bem os apaniguados mas esquece a protecção das populações, a passar culpas ao invés de procurar soluções e consensos que temos as casas a arder…bom isso não é um país.
É uma república das bananas e tem dias em que eu me canso da empáfia bafienta e oca e não me importava nada que houvesse mais chicote para sacudir tamanha indolência que a culpa nunca é nossa e é sempre dos outros. É nossa é. É nossa porra que aturamos estes merdas que fingem administrar coisa nenhuma a não ser a sua imenda vaidade.
Amadeu Araújo, um gajo de 46 anos alampado em lágrimas com o desmazelo e o laxismo.
Fonte: BPS
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