sábado, 5 de agosto de 2017

Barcelos na corrida à UNESCO, os passadiços do Paiva (sim, outra vez) e o mar aqui tão perto

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Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  
 

Atentem nesta frase: “Júlia Côta não é espectáculo de televisão.” Mas, a julgar pela forma como foi recebida numa feira de artesanato de Lisboa, até parece. Houve quem lhe quisesse dar beijos, uma palavrinha. “Vocês vão-me desculpar, mas eu não sou o Cristiano Ronaldo”, atirou-lhes, genuína, a conhecida ceramista. Ela outra vez: “Eu nem sabia o que era genuína”, recordou à Mariana Correia Pinto, que andou por Barcelos a conhecer o rico património artesanal que está na base da candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO. No dia 31 de Outubro haverá fumo branco — e o optimismo está em alta, conta-nos a Mariana, que visitou artesãos da olaria, do figurado, da madeira, do ferro e seus derivados. No concelho de Barcelos há cerca de 150 artesãos e muitos deles recebem nas oficinas quem quiser conhecê-los e às suas artes. Temos aqui um dos muitos roteiros possíveis.
Ainda a Norte, continuamos a surpreender-nos com as paisagens incríveis que os passadiços do rio Paiva nos oferecem de mão beijada.Não sem antes exclamarem “Oh não, outra vez os passadiços do Paiva…”, a Patrícia Carvalho e o Adriano Miranda puseram pés ao caminho e voltaram com uma certeza: é obrigatório lá ir, pelo menos uma vez na vida.
Vamos do rio para o mar: primeiro para provar a cozinha do Bacalhau & Afins, em Aveiro, onde o José Augusto Moreira encontrou uma “diversidade de preparações que é aliciante de peso num espaço acolhedor, bem-posto, confortável e com serviço correcto e profissional”.
E finalmente chegamos ao Algarve. Desta vez, foi quem vos escreve estas linhas que tirou as medidas ao Nau Salema Beach Village, um resort que é ideal para quem dá tudo para ter a areia e o mar a dois passos. Ora veja como não se está nada mal.
Guardei para o fim uma proposta que implica maior planeamento: Bucareste, na Roménia, para onde a TAP retomou a ligação directa via Lisboa, está “à procura de um estilo próprio e de geração espontânea” e pode “tornar-se moda”, escreve a Andreia Marques Pereira, que por lá descobriu uma onda de “criatividade que parece estar a preparar-se para sair do casulo”. Leia sem pressas.
Agora que já lhe deixei várias pistas para viver o Verão, resta-me desejar-lhe boas férias, se for o caso. Se não for, não desanime: passe ao menos por aqui e inspire-se. Boas viagens!

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