“Alegre” e “simpático” foram as palavras usadas por Rui Reininho para descrever o espetáculo do passado dia 11 de agosto. Os GNR foram a terceira banda a subir ao palco do Douro Rock, na segunda edição do Festival de Peso da Régua.
A banda, que já conta com mais de trinta anos de existência, pôs o público todo a cantar as suas músicas num espetáculo onde faltou tudo menos animação.
Pouco tempo depois do concerto, tivemos a oportunidade de conversar durante alguns minutos com Rui Reininho que, para além de nos revelar como correu o espetáculo, ainda nos falou um pouco acerca do percurso dos GNR.
Estamos aqui a conversar porque os GNR estiveram agora mesmo a atuar no Douro Rock. O concerto correspondeu às expectativas?
Rui: Sim, sim! Foi muito interessante e um espetáculo muito alegre e simpático!
Os GNR já existem há mais de trinta anos. Ao longo destes anos, e continuando na indústria musical, nota alguma diferença no panorama da música em Portugal?
Rui: Nenhuma (risos). Claro que se alterou muita coisa. Este tipo de espetáculos não seria possível há trinta e tal anos. Se algum mérito os GNR tiveram foi por sermos nós –e muitas outras bandas- a concorrermos um bocadinho para que estes e muitos outros festivais tivessem já um bom palco, um bom som e nem calculam como isto era há trinta anos atrás.
E, para uma banda que já atua há tantos anos, como é estar no mesmo palco que bandas que nasceram mais recentemente? Como, aliás, é o caso dos Bed Legs que atuaram há pouco...
Rui: Terá que ser sempre assim. Já noutros palcos e noutros festivais acontece gente com dezassete/dezoito anos que já fazem espetáculos extraordinários! E, claro, também o caso da Marta Ren, que já chegou a atuar connosco, fez um excelente espetáculo. E os Linda Martini também... Uma das melhores bandas portuguesas!
Por falar em jovens, como é que se sente por saber que a geração mais jovem aprecia a vossa música?
Rui: É muito lisonjeiro, é super simpático... Eu também gosto de outros tipos de música e espero que os jovens sejam abertos a várias outras coisas. E um bocadinho de conhecimento do que já havia não faz falta nunca. Não ocupa espaço!
Mas, quando vocês escrevem as vossas músicas, há uma preocupação em chegar também aos mais jovens?
Rui: Não. Mentiria se dissesse que há essa preocupação, porque senão podíamo-nos sentir assim um bocado uns “velhinhos modernos”, não é? (risos). Não vamos atrás das últimas novidades. Eu até costumo brincar e dizer que não vamos atrás de “Despacitos”, porque não sabemos (risos). Não sabemos fazer, infelizmente, êxitos para quatro milhões de pessoas, senão fazíamos (risos).
O espetáculo começou pouco depois da meia noite. A multidão instalou-se. Os GNR tocaram e o público respondeu com aplausos, mostrando que a banda com mais de trinta anos continua a conquistar todos os lugares por onde passa.
Por Cátia Sofia Barbosa.
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