O festival FORTE cumpre em 2017, entre 24 e 26 de agosto, quatro edições consecutivas no castelo de Montemor-o-Velho, tendo como cabeça de cartaz o norte-americano Jeff Mills, considerado o maestro da música eletrónica contemporânea.
A organização, a cargo da produtora Soniculture, sustenta que as três primeiras edições "consolidaram o Festival FORTE como um dos festivais de referência mundial pela aposta nas novas tendências da música eletrónica contemporânea e pelas sinergias que estabelece entre o público e o espaço arquitetónico" do castelo daquela vila do Baixo Mondego.
A edição de 2017, aponta o produtor discográfico, compositor e dj Jeff Mills, de 53 anos, fundador da Axis Records, primeira editora de música eletrónica de Detroit e do coletivo Underground Resistance, como "a figura mais importante de toda a cultura de música de dança", alguém que alcançou um "estatuto divino" na música eletrónica.
Do lote de 15 artistas anunciados, a organização salienta ainda a presença dos britânicos Blawan, "que se destacam por sonoridades explosivas, percussões vivas e mudanças de estilo inesperadas", e Nathan Fake, cuja atuação será acompanhada por um espetáculo audiovisual especialmente criado para o FORTE por Matt Bateman.
O cartaz do festival inclui ainda os regressos a Montemor-o-Velho do norte-americano DVS1 e do espanhol Oscar Mulero, a estreia da dj russa Dasha Rush, "uma das mais mediáticas produtoras femininas" atuais e a suas sonoridades mais experimentais e sintetizadas, o francês Laurent Prot, "mais conhecido como In Aeternam Vale, que lançou as bases para o techno industrial", e Ron Morelli, mentor da editora L.I.E.S. (Long Island Electrical Systems), sediada em Nova Iorque.
O sueco Peder Mannerfelt, também conhecido como The Subliminal Kid, considerado um dos mais originais produtores escandinavos, é outro dos nomes hoje revelados, acompanhado do britânico Shifted, conhecido por ser o "espírito puro do experimentalismo" e os italianos Ninos du Brazil, que sobem a palco com bombos, misturando batucada, samba e eletrónica.
Ilidio Chaves, da produtora Soniculture, disse que a procura de bilhetes para a edição de 2017 do FORTE tem aumentando e é "incomparável" em relação à edição do ano passado, ainda antes dos primeiros artistas serem revelados e apesar de o bilhete de três dias ter aumentado de 60 para 80 euros.
"A maioria do público [cerca de 70%, segundo a organização] é estrangeiro e lá fora [um festival desta natureza] seria muito mais caro. Cá, por três dias, paga-se [de bilhete] o que se paga lá fora por um dia", argumentou.
Ainda segundo Ilidio Chaves, o festival FORTE pretende mostrar o "estado da arte" atual e aquilo que são as tendências de futuro nos domínios da arte digital, da música e da eletrónica.
De acordo com dados adiantados pela organização à agência Lusa, a procura de bilhetes em 2017 tem origem maioritária em França, a exemplo do sucedido o ano passado, mas também, para além de Portugal, em países como a Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Dinamarca, Reino Unido, Irlanda, Áustria, Malta, Geórgia, Ucrânia, Japão e Austrália.
O perfil-tipo do `festivaleiro` que se deslocou ao FORTE em 2016 incide numa faixa etária entre os 18 e os 40 anos, com especial relevo para as mulheres com idade média de 27 anos.
O festival tem uma capacidade máxima de 5.000 pessoas por dia, por questões de segurança relacionadas com o recinto do castelo de Montemor-o-Velho.
Fonte: Lusa
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