segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Turistas ameaçam Grutas Budistas

caverna
Na Rota da Seda, à beira do Deserto de Gobi, estão centenas de cavernas que contêm frescos e esculturas budistas. Abandonadas por séculos, as Grutas de Mogao sobreviveram a terremotos, inundações, tempestades de areias e guerras.
Nas frágeis paredes há pinturas, algumas datadas do século IV, que retratam histórias da vida de Buda e de visões do além vida. Só que estas relíquias agora sofrem uma nova ameaça: um exército de turistas.
Segundo Wang Xudong, presidente da Dunhuang Academy, que preserva o local,  a entrada e saída de turistas o tempo todo mudam a temperatura e a humidade do lugar. Além disso, o corpo humano carrega micro-organismos, que podem atrapalhar na preservação do lugar, caso eles comecem a crescer ali.
Mais de 1,1 milhão de turistas visitam as cavernas em 2015, um aumento de 40% em apenas um ano. A Dunhuang Academy inicialmente tentou limitar o número de turistas para 3 mil por dia. Só que isto não impedia que as pessoas viessem. O limite foi então para 6 mil por dia, só que a demanda cresce na temporada de julho a outubro.
Para aliviar a pressão, os turistas precisam de se registrar com antecedência, antes de visitar o local, precisam de assistir a um vídeo de 20 minutos, no centro de visitantes, sobre a história de Dunhuang e das cavernas. Depois, eles são guiados por uma seleção de 40 cavernas que são abertas ao público. É proibido tirar foto por conta do dano que o flash possa causar.
Actualmente, restam 735 cavernas e cerca de 2 mil esculturas. Cerca de 500 cavernas têm pinturas nas paredes, as que não têm eram para meditação.
Com parceiros ao redor do mundo, a Dunhuang Academy está trabalhando num projecto de arquivamento digital, fotografando as cavernas, pinturas e esculturas. A ideia é preservar as relíquias para sempre de alguma forma.
Fonte: PB

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