terça-feira, 5 de setembro de 2017

360º - Seis pistas para perceber que esta crise com a Coreia do Norte é a mais séria de sempre. E ainda: Carlos Santos Silva e o novo aeroporto

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia
São os últimos desenvolvimentos da crise na Coreia do Norte: Seul admitiu hoje que pode vir a autorizar os Estados Unidos a porem armas nucleares no seu território. Também esta terça-feira, a Coreia do Sul fez manobras navais com fogo real. O presidente do país, Moon Jae-in, que apostava tudo no diálogo com a Coreia do Norte, acabou o dia de ontem a falar ao telefone com Donald Trump, para acertar os próximos passos na resposta a Pyongyang.

Esta crise é diferente e mais séria do que todas as outras na região? Sim. A Ana França dá seis pistas para entender o que está em causa nesta escalada de tensão nuclear.

E se uma arma nuclear atingisse Lisboa ou o Porto? A melhor forma de perceber a dimensão do perigo é pensar: e se fosse connosco? Uma ferramenta online chamada Nukemap permite ver o impacto de uma arma como a testada pela Coreia do Norte na cidade onde vivemos. Fizemos a simulação para Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Loures; e ainda para algumas capitais europeias.

Há mais três textos que deve ler sobre a crise na Coreia do Norte e que respondem a três perguntas interessantes:

E, para finalizar este bloco sobre a Coreia do Norte, uma notícia portuguesa: Jerónimo de Sousa disse ontem que existe “uma preocupação legítima” face ao comportamento de Pyongyang. "É evidente que, na nossa avaliação, há elementos que nos perturbam, que nos inquietam".


Informação relevante
Carlos Santos Silva, que o Ministério Público entende que funcionava como um testa-de-ferro de José Sócrates, fez parte do consórcio concorrente ao novo aeroporto de Lisboa desejado pelo ex-primeiro-ministro. Era o representante da empresa Lena Construções. A informação foi dada aos investigadores por um dos arguidos da Operação Marquês.

Já há finalmente um nome para liderar o Sistema de Informações da República Portuguesa. Depois da polémica com Pereira Gomes, e enquanto Júlio Pereira espera há meses para ser substituído, António Costa anunciou ontem o nome da embaixadora Graça Mira Gomes. O PSD não deve opor-se à escolha.

O diretor do gabinete de risco soberano da Moody’s, Dietmar Hornung, prevê "uma melhoria nos próximos 12 meses" da economia portuguesa. Em declarações à SIC, foi ultraoptimista: "Portugal está prestes a tornar-se uma história de sucesso dos países alvo de resgate".

Uma boa notícia para o Governo: o crescimento da economia este ano pode significar uma folga de 600 milhões de euros no défice, escreve o Negócios.

Uma má notícia para o Governo: BE, PCP, PSD e CDS estão a juntar-se para impedir o Governo de voltar a usar as cativações como forma preferida de controlar o défice, avança o Público.

A greve dos enfermeiros continua uma confusão: os enfermeiros querem entregar os seus títulos de especialista em protesto contra o governo; o Ministério da Saúde diz que isso é ilegal e ameaça com processos disciplinares e faltas injustificadas; e os médicos dizem estar disponíveis para substituir os enfermeiros de obstetrícia que estão em protesto. A bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, diz à TSF que "isto não é um problema jurídico, é político".

Os donativos para as vítimas dos fogos foram desviados? Os autarcas de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos temem que sim e vão falar com o Ministério Público. A história vem contada no i.


Os nossos Especiais

Faz hoje 40 anos que enviámos a primeira mensagem para o espaço. Foi no interior da Voyager 1, a sonda que entretanto já viajou 21 mil milhões de quilómetros. O João Francisco Gomes conta esta história inspiradora.


A nossa Opinião

Rui Ramos escreve sobre a crise com Pyongyang: "O que a crise da Coreia do Norte pode acabar por demonstrar é que talvez os EUA já não cheguem para dar ordem ao mundo -- nem como salvadores nem como culpados".

Maria João Avillez escreve sobre “chatices”: "Lisboa ficará intransitável muito rapidamente. Estreitar vias, acabar com outras, fazer praças, pracetas, ciclovias desertas, relvadinhos, banquinhos onde poucos lisboetas se sentam... serve para quê?"

Laurinda Alves escreve "Amor de pai": "Carrilho tem idade, vivência e experiência suficientes para saber que uma carta destas não explode apenas na mão de quem a recebe. Os estilhaços atingem todos, a começar pelos que lançam a bomba".

Paulo de Almeida Sande escreve "O pior não aconteceu (nem vai acontecer)": "A vaga de fundo anti-europeia, nacionalista e populista, que se começou a formar nas brumas distantes da velha Albion e parecia ir invadir o continente, afundou-se nas margens sólidas da moderação".


Notícias surpreendentes

É cinema e é terror. Começa hoje mais uma edição do MOTELX e, claro, é para ter medo, muito medo. Eurico de Barros escolheu 11 filmes que o vão deixar acordado à noite.

É um festival e é um desfile. O Festival de Veneza já começou, mas, antes dos filmes, veio a passadeira vermelha: Chloë Sevigny, Julianne Moore, Isabeli Fontana, Annette Bening e aquele vestido de Kristen Dunst.

É o terceiro e é um herdeiro: William e Kate anunciaram que vão ter mais um filho. Será o quinto na linha de sucessão ao trono britânico.

É comida e é design. Tudo italiano. O Mauro Gonçalves foi conhecer melhor a história da Mani in Pasta.

É tarado e é romântico. O cronista e dramaturgo Nelson Rodrigues teve uma vida fascinante e a melhor forma de a conhecer é pela biografia escrita por Ruy Castro, que acaba de sair (finalmente) em Portugal. O Bruno Vieira Amaral recorda o anjo pornográfico.

Quanto ao resto, já sabe: está tudo aqui.
Até já!
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