terça-feira, 5 de setembro de 2017

Orçamento. Autárquicas. Taxas. E ainda a Coreia, para explicar


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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
A Coreia do Sul fez um novo exercício militaro segundo depois do vizinho a Norte ter testado a "bomba H". No Conselho de Segurança da ONU, os EUA pediram as sanções mais fortes, mas não houve consenso, antes divisões, da reunião de emergência. Já voltarei ao tema, porque o Jorge Almeida Fernandes, Teresa de Sousa, Sofia Lorena e João Ruela Ribeiro prepararam alguns textos para nos ajudar a perceber melhor o que se está a passar.
A ONU alertou para crimes contra a humanidade no Burundi - e já pede uma investigação do TPI. O país está em crise política desde as presidenciais de 2015, estimando-se que mais de 400 mil pessoas tenham sido obrigadas a sair de casa. A comissão especial das Nações Unidas fala agora de “execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura, violência sexual, crueldade, comportamentos desumanos e desaparecimentos forçados”, denunciando "violência e brutalidade" a grande escala.
A Florida e as Caraíbas assustam-se com o furacão Irma. Com ventos a rondar os 215 quilómetros por hora, o Irma vai intensificar-se ainda mais nos próximos dois dias, avisou o Centro de Furacões. Mesmo não sabendo por onde se vai deslocar, a Florida e Porto Rico declararam já o estado de emergência. Quanto ao Harvey, algumas famílias têm tido surpresas desagradáveis no regresso a casa.

No Público hoje

Na nossa manchete regressamos ao Orçamento de 2018. Para lhe falar de uma aliança improvável que se está a formar na Assembleia, que terá esta conclusão: esquerda e direita cercam Centeno e travam cativações em 2018. Entrando no texto, perceberá como o PS, neste caso, não chega para defender o ministro. Sobre o OE em curso também há novidades: menos más, vindas da UTAO; as melhores vindas do crescimento (como anota o Negócios).
Mas a manchete também podia ser estaGaia vai extinguir a taxa da protecção civilque o TC declarou inconstitucional. Lisboa é a decisão que se segue.
À Assembleia já chegou um nome para as secretasdesta vez, Costa escolheu uma mulher - e acertou o nome à esquerda. E com o Parlamento quase a regressar ao trabalho, eis o que espera os deputados depois das férias.
O que espera o Governo são problemas por resolverum braço-de-ferro mais duro com enfermeiros; mais um aviso de greve dos médicos, que tem limite marcado para antes das autárquicas; e um último apelo da Fenprof, sobre a colocação dos professores.
Do Verão difícil sobram agora um alerta dos autarcas da zona de Pedrógãosobre os donativos desaparecidos; e até um aviso de Marcelo sobre Tancos, preocupado com "o tempo de apuramento dos factos". Na Assembleia, também há quem reclame pela ausência de explicações.
E para as famílias, que regressam de férias, eis um alerta da Deco: a impossibilidade de deduzir no IRS despesas de educação está a prejudicar os pais em pelo menos 90 euros por aluno, explica o JN.
Já que falamos de aulas, ainda há mais isto: o encerramento “inesperado” de colégio no Porto deixa 90 crianças sem escola. É claro que os pais estão em choque.

Paragem obrigatória

Vamos às leituras mais longas do dia, aquelas que melhor nos explicam a actualidade.
1. Voltamos à crise nuclear. Começando pelo Jorge Almeida Fernandes, que nos enquadra neste jogo perigoso: "O ponto crítico das tensões mundiais deslocou-se para o Nordeste Asiático. Nem chineses nem americanos têm uma 'boa opção' para resolver a crise. O grande risco é uma provocação de Kim abrir uma espiral incontrolável", diz-nos ele, no texto onde explica que basta um erro de cálculo para levar a um cataclismo. Mas passamos também pela Coreia do Sul, que está entre a bomba de Pyongyang e a pressão de Trump, um lugar desconfortável e isolado descrito pelo João Ruela. Paragem obrigatória também no Japão, onde Shinzo Abe também se assusta (e também assusta), como conta a Sofia Lorena. E terminamos esta viagem do outro lado do Pacífico, com a Teresa de Sousa a formular um desejo"Pode ser que Trump desista de rasgar o acordo nuclear com o Irão". Pode ser que sim, Teresa.
2. Sobre o terrorismo: o que faz alguém querer (tanto) lutar e morrer? Os cientistas foram, literalmente, para a “linha da frente” de combate entre as forças do Daesh e os seus opositores. Numa zona de batalha perto de Mossul, questionaram representantes de vários grupos de combatentes para perceber o que pensam e sentem, mas, sobretudo, o que os move. Andrea, contas as conclusões?
3. E na campanha de 1997, o que discutia o Porto? Em dia de debate dos candidatos à Câmara do Porto, a Patrícia Carvalho meteu-se numa máquina do tempo e regressou à campanha de há 20 anos. Sem metro e pré-Capital Europeia da Cultura, o Porto era bem diferente. Havia slogans proféticos, um candidato a falar de ouro nazi e problemas muito diferentes dos de hoje. Será mesmo?
4. E em Veneza, Frances McDormand tem a bacia de John Wayne. É assim mesmo. O entusiasmo que está a desencadear o seu papel de mãe vingadora, que empurra a justiça com as suas mãos, faz com que a actriz junte à Margo de Fargo esta Mildred Hayes, garante o Vasco Câmara. Noutra sala, ele esteve a rever um famoso videoclipe, agora em 3D. E pergunta-nos ele, sabendo que nos faz inveja: "John, posso transformar-me em monstro?"

O dia à nossa frente

O ponto alto do dia será o debate na SIC, com os candidatos à Câmara do Porto. Mas a agenda do dia tem mais pontos de interesse: os autarcas da zona afectada pelo incêndio de Pedrógão juntam-se para pedir contas aos donativos; começa uma greve parcial na TAP, no aeroporto Sá Carneiro; Costa e Marcelo estarão na cerimónia do prémio Champallimaud de Visão - a maior do mundo neste campo. Lá por fora, o congresso americano regressa ao trabalho - com Trump a juntar republicanos e democratas para discutir a sua reforma fiscal. Falando de terror, começa também o festival MOTELX, que o Jorge Mourinha já antecipa aqui.
Pronto para começar o dia? Então aqui fica um último conselho: chama-se Presents the Holy Strangers e é a ópera folk moderna de Micah P. Hinson. O Gonçalo Frota diz que ele respira através das canções - e eu não vejo melhor maneira de nos lançarmos ao trabalho. 
Que seja um dia bom. Até já!

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