O agravamento da tensão com a Coreia do Norte continua a pairar nos mercados, contudo, os investidores estão já a voltar ao mercado de acções, levando as bolsas europeias aos ganhos e o ouro às quedas ligeiras.
Os mercados em números
PSI-20 ganha 0,35% para 5.181,68 pontos
Stoxx 600 valoriza 0,33% para 375,43 pontos
Nikkei desvalorizou 0,63% para 19.385,81 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 0,4 pontos base para 2,836%
Euro recua 0,15% para 1,1878 dólares
Petróleo perde 0,27% para 52,20 dólares por barril, em Londres
Investidores regressam aos mercados accionistas
As principais praças europeias estão a negociar em alta, um sinal de que os investidores podem estar a voltar a sua atenção novamente para os mercados accionistas. Os receios em torno de questões geopolíticas, fruto da realização de mais um teste nuclear pela Coreia do Norte, continuam a pairar entre os investidores.
Contudo, esta terça-feira são revelados dados económicos, como os dados do PMI da moeda única que colocam a região a caminho do maior crescimento numa década. Há notícias de fusões e aquisições no sector das tecnologias, o que podem estar a impulsionar as acções no Velho Continente.
Além disso, podem estar no mercado mais agentes uma vez que as bolsas norte-americanas voltam hoje a negociar depois do feriado de ontem, o que pode estar também a contribuir para esta evolução positiva.
A liderar os ganhos na Europa está o índice grego e o índice alemão, sobem ambos 0,56%, seguidos pelo FTSE MIB, que avança 0,40%. O Stoxx 600, índice de referência, aprecia 0,33%.
Juros em alta
Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir no mercado secundário. A dez anos, o prazo considerado de referência, as "yields" sobem 0,4 pontos base para 2,836%. No caso da dívida da Alemanha, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si avançam 1,1 pontos base para 0,377%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 242,3%.
Este comportamento tem lugar a cerca de 48 horas do encontro do Banco Central Europeu (BCE). Em cima da mesa vai estar a política monetária na área do euro e uma dos temas que pode ser abordado é o programa de compra de activos em curso.
Euro em queda
A moeda da Zona Euro está a alivar das subidas recentes, recuando 0,15% para 1,1878 dólares. Na conferência de imprensa após o encontro do BCE, Mario Draghi, líder da autoridade monetária, deve deixar alertas sobre a valorização que o euro tem vindo a registar, acreditam economistas consultados nos últimos dias pela Bloomberg. Apesar da depreciação que regista, desde o início do ano o euro acumula um ganho próximo de 13% (+12,912%).
Petróleo sem rumo
Os preços do petróleo estão sem uma tendência definida nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate sobe 0,55% para 47,55 dólares por barril, numa altura em que a gasolina caiu para o valor mais baixo em mais de uma semana.
As refinarias norte-americanas, localizadas no Texas, nomeadamente no Golfo do México, estão a recuperar da passagem do furacão Harvey, que acabou por ditar o encerramento destas infra-estruturas.
O Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, desce 0,27% para 52,20 dólares por barril.
Ouro em queda ligeira
Esta terça-feira, o ouro esteve já muito próximo de máximos de quase um ano, atingindo ontem. Contudo, por esta altura, o metal amarelo, para entrega imediata, cede 0,14% para 1.332,05 dólares por onça. Isto numa altura em que as bolsas europeias estão do lado dos ganhos.
Fonte: Jornal de Negócios
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