Cinco dias depois de Lula da Silva ter visto agravada, em segunda instância, a pena de prisão, Michel Temer vem a público para afirmar que preferia que o antigo Presidente brasileiro fosse batido em eleições. “Porque isto pacificaria o país”, advoga o atual Presidente.
Foi em entrevista à Rádio Bandeirantes, esta segunda-feira, que o Presidente brasileiro ensaiou uma análise política do caso de Luiz Inácio Lula da Silva.
“Quando eu examino o quadro político, pessoalmente apreciaria que ele não tivesse estas responsabilizações todas, que pudesse disputar a eleição e fosse vencido no voto porque isto pacificaria o país”, disse Temer.
“Ele é uma figura de muito carisma. Não sei dizer se ele está morto eleitoralmente, ou seja, se ele vai participar das eleições ou não, mas dizer que imagem dele, a palavra dele, a presença do passado dele não vai ter alguma influência? Eu acho que, aí, morto ele não está”, disse Michel Temer, para quem a sociedade brasileira teria mais a ganhar com uma derrota do antigo Presidente no campo eleitoral.
“Eu pessoalmente acharia, sob o foco político, que, se ele pudesse disputar as eleições e se derrotado, seria melhor para o país”, propugnou Temer, depois de afirmar que a “não participação” do rosto do PT nas próximas eleições presidenciais será um fator de tensão acrescida no Brasil.
Na passada quarta-feira, três juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) agravaram a pena de prisão de Lula da Silva de nove anos e meio para 12 anos e um mês.
O antigo Presidente voltou a ser dado como culpado num processo relacionado com a Operação Lava Jato, ao abrigo do qual foi acusado de receber um apartamento triplex como suborno da construtora OAS pelo favorecimento da empresa em contratos com a petrolífera Petrobras.
Este desfecho em segunda instância poderá ser o ponto final aos planos presidenciais de Lula, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral não deverá dar luz verde à candidatura.
Na mesma entrevista à Rádio Bandeirantes, Michel Temer admitiu também que gostaria de ser rendido na Presidência por alguém que “defendesse o seu legado”. Sem avançar com qualquer nome.
Fonte: RTP Notcias
c/ Lusa
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