David Dinis, Director
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Bom dia! O fim-de-semana foi bom?
Estas são as notícias da última noite:
A delegação americana chegou a Jerusalém a “rezar por uma aliança sem limites”. Ivanka Trump, filha do Presidente dos EUA chegou a Israel, onde o ambiente é de festa pelo 70º aniversário do país, nas de tensão e violência na fronteira com Gaza. E tenso também na diplomacia: a mudança da embaixada americana para Jerusalém, decidida unilateralmente por Trump e contestada por quase todo o mundo, deixará metade dos países fora da cerimónia.
O líder da Al-Qaeda apelou à guerra santa. Ayman al-Zawahiri disse que o "apaziguamento não funciona" e que apenas a "resistência, através da jihad" defenderá os interesses dos muçulmanos a viver em vários pontos de Israel.
O novo Governo italiano “está quase fechado”. Depois de semanas de acusações e insultos, as duas forças rivais, mas “vencedoras” das legislativas de Março – a Liga e o Cinco Estrelas – dizem-se próximas de um programa de governo. Falta saber, porém, quem vai ser o primeiro-ministro.
No futebol, o campeonato fechou com emoções e desilusões. O Sporting ficou sem pernas e acabou sem cabeça para a Champions (o que valeu aos jogadores contestação dos adeptos). O Benfica aproveitou e colocou-se num segundo lugar que deixou Rui Vitória "satisfeito". Lá por fora, a Juventus ganhou pela quinta vez consecutiva e Paulo Fonseca pela segunda - na Ucrânia.
O que marca o dia
A OPA à EDP tem que passar pelo crivo americano. Segundo o Negócios e o Dinheiro Vivo, a oferta da China Three Gorges está dependente da aprovação de autoridades de oito países - incluindo de uma entidade americana que tem travado investimentos vindos da China. Por cá, há a certeza do apoio do Governo e a incerteza do futuro de Mexia. Se quiser, fica o nosso guia para perceber a OPA dos chineses à EDP, que inclui o prémio, condições e promessas. E uma explicação sobre a onda de fusões no sector que assola a Europa. Os analistas acham, agora, que vem a caminho uma oferta concorrente.
Montepio teve que injectar 30 milhões nos seguros. As debilidades da Lusitânia Seguros obrigaram a um novo reforço de capital por parte da Associação Mutualista. A seguradora refez contas de 2016 para diminuir prejuízos de 2017. A notícia é da Cristina Ferreira e do Vítor Costa.
O Conselho de Ética alerta para a fraude na investigação científica. Um relatório deste órgão crítica “escassez de orientações” formais sobre integridade da investigação científica em Portugal. E sugere a criação de entidades que supervisionem os casos de má conduta nas instituições.
Os beneficiários querem acabar com isenções na ADSE. A proposta consta do projecto de revisão do regime de benefícios, aprovado pela maioria dos 17 seus conselheiros, com o voto contra da Saúde e das Finanças.
O PS vai discutir serviços públicos, trabalho, cultura e CTT. No Congresso do PS não se discutirá apenas a estratégia global do partido. Vários militantes de base e dirigentes apresentam moções sectoriais. A São José Almeida sistematiza os temas nelas expostos, depois de ter percorrido os 12 trabalhos de Costa como Hércules do PS.
Falando nos CTT, eis um dos seus grandes clientes: os tribunais gastam 18 milhões por ano só com correio, diz o JN.
Na economia, dois sinais menos: a diferença salarial entre gestores e funcionários aumentou nos últimos anos, diz o Dinheiro Vivo; e há 20 anos que não havia tantos portugueses a meter baixa, anota a TSF.
... e dois sinais mais: uma IPSS quer abrir fábrica dentro de prisão; e a Gulbenkian tem 2,5 milhões para “dar a vez às organizações do Portugal real”.
Ler mais devagar, sff
1. A reportagem do PÚBLICO em Jerusalém. Nos cartazes espalhados pela cidade lê-se assim: "Trump Make Israel Great". Na euforia, Netanyahu anunciou que vai construir "para este, oeste, norte e sul, em todas as direcções”. Perante os sinais pessimistas e com o processo de paz congelado, os palestinianos arriscam tudo para manter a sua causa nos media internacionais. A Maria João Guimarães conta-nos o que viu e sentiu, no dia do 70º aniversário do Estado de Israel. E abre-nos a porta para a história de uma vida: Tehila lutou por Israel e não é uma janela partida que estraga isso. Por muito que em 70 anos tenham passado 14 guerras.
2. Médio Oriente, os “novos Balcãs”. "Não é 'o umbigo do mundo'. Mas permanece um barril de pólvora, propício a derrapagens que podem degenerar numa guerra regional. Na última semana tivemos um exemplo, entre Israel e Irão. Faltava Trump para aumentar as complicações. Faz lembrar os Balcãs do início do século XX, onde começaram guerras que ninguém queria." Esta é a entrada do Ponto de Vista desta semana, quando a li, percebi que tinha que a deixar para si - como complemento de leitura obrigatório. A assinatura é do Jorge Almeida Fernandes.
3. 50 anos depois, o que nos revolta? Maio de 1968, Paris: “Sejam realistas, exijam o impossível.” Março de 2011, Lisboa: “Inevitável é a tua tia.” O Maio de 68 morreu ou está mais presente do que nunca como referência? Nunca teve a importância que muitos lhe atribuíram? Hoje, revoltamo-nos mais ou menos? Há 50 anos exigíamos direitos cívicos e agora só nos manifestamos por questões materiais? O que nos revolta faz-nos sair à rua ou grande parte do activismo social acontece online? A Sofia Lorena comemorou a data que o mundo lembra à procura de respostas para uma mão cheia de dúvidas. E mais esta: “O Manifestante” veio para ficar?
4. A Eurovisão: no meio do ruído, aplaudiu-se a diferença. Gritos, palmas ovações, roer de unhas. Na sala de imprensa, viu-se (quase) tudo, mas ficou por ouvir muita coisa. Ao receber o troféu de Salvador Sobral, que criticara a canção vencedora, a israelita Netta insistiu numa mensagem de compreensão. O Rodrigo Nogueira esteve por lá e conta-nos como foram os bastidores. O Hugo Torres, pedindo desculpa, mas tira uma citação a valter hugo mãe. E o Vitor Belanciano, sem precisar de pedir desculpa, tira-me as palavras da boca: "Votou-se em Israel, mas Salvador Sobral e Portugal ganharam outra vez".
Hoje na agenda
Por cá, António Costa apresenta o Plano de Acção de Defesa da Floresta Contra Incêndios, mesmo à beira do início da época de incêndios. Enquanto Azeredo Lopes vai a Luanda, para um primeiro passo na nova relação bilateral sem "irritante". Assunção Cristas também lá estará, numa iniciativa paralela. Mas os olhos vão estar sobretudo postos na bolsa, avaliando como reagem os investidores à OPA da China Three Gorges sobre a EDP e EDP Renováveis (no arranque, as acções subiram 8%, superando o preço da OPA).
Lá por fora, no dia em que Israel comemora 70 anos, no dia em que os EUA mudam a embaixada para Jerusalém, o Iraque conhece os resultados das suas eleições (para já, os dados apontam para uma derrota do primeiro-ministro e uma vitória das forças anti-americanas). O Presidente turco visita também hoje a Grã-Bretanha.
Um dia bom, produtivo e feliz!
Até amanhã!
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