quinta-feira, 21 de junho de 2018

Ministro-sombra de Rio quer que PSD salve OE para evitar eleições

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
Vamos às últimas notícias?

Trump deu um passo atrás, mas as 2300 crianças que já foram separadas não têm data para se reunirem com a família. O decreto assinado nesta quarta-feira não deverá ter efeitos retroactivos.
No Mundial, mais um candidato com uma vitória arrancada a ferrosa Espanha venceu o Irão com um golo que nasceu de um ressalto e igualou-nos na liderança do Grupo B. Dito isto, um empate com o Irão apura Portugal, mas há mais contas a fazer.
No futebol nacional há mais problemas: as buscas a Sp. Braga, V. Guimarães e ao Turismo do Norte chegaram ao fim do dia e já fizeram cinco arguidos por suspeita de corrupção; noite fora houve quatro clubes impedidos de inscrever jogadores (por não cumprirem critérios financeiros); e, claro, no Sporting continua a guerra de Carvalho.
Ainda por cá, faleceu Fernando Guedes. O criador da Sogrape moderna, que ficará sempre ligado ao Mateus Rosé ou ao Barca Velha, morreu ontem no Porto. O Manuel Carvalho já nos escreveu sobre os legados do grande senhor do vinho português.

Os títulos do dia

Um ministro-sombra de Rio quer que PSD salve OE para evitar eleiçõesE também que salve o acordo de concertação social. Esse homem é Silva Peneda, o entrevistado desta semana do PÚBLICO e Renascença.
Uma 'coligação' anti-PS pode acabar com o imposto adicional sobre os combustíveis, dizem o Negócios e o DN, confirmando a possibilidade avançada há uma semana pelo PÚBLICO.
"Em 2019, o Bloco quer ser força de governo", diz a moção de Catarina Martins à convenção do BE. Mas é para forçar o PS a fazer o que agora não quer.
O Governo diz que nunca prometeu tudo aos professores. O artigo de opinião da secretária de Estado Alexandra Leitão chama-se "factos sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores".
A boa notícia do dia é que Portugal foi o país da Europa do Sul onde os imigrantes mais recuperaram o emprego. E, aparentemente, estamos prontos a receber mais 1010 refugiados - diz o DN.

Ler com atenção

1. As migrações são o rastilho de uma convulsão política internacional. Na fronteira entre os EUA e o México milhares de crianças são separadas dos pais na sequência da nova política de "tolerância zero". Na Hungria, apoiar imigrantes ilegais passou a ser crime. Estas são apenas duas das faces mais visíveis de um ambiente cada vez mais hostil à entrada de migrantes. Mas é um ambiente em contraciclo: os países da OCDE receberam menos refugiados, pela primeira vez em seis anos. Os dois textos, do Manuel Louro e da Joana Gorjão Henriques, dão-nos a perspectiva de como não há uma crise migratória, há uma crise de hospitalidade.
2. Os bancos centrais e o novo problema dos salários baixos. Se, no passado, o mais habitual era vermos os bancos centrais a lançar alertas contra os riscos da inflação e a pedirem moderação salarial, agora os principais responsáveis pela condução da política monetária a nível mundial começam a queixar-se da dificuldade de fazer a subir a inflação e a lamentar-se da forma modesta como os salários estão a subir. Foi isso que aconteceu no Fórum do BCE que terminou esta quarta-feira em Sintra. O Sérgio Aníbal esteve por lá e explica-nos porquê. E junta uma entrevista a Ricardo Reis que tem um alerta que nos dá um nó na cabeça: “É preciso não exagerar no desejo de aumentar a inflação”.
3. O oceano ofereceu-nos um tesouro inesperado nos Açores. É o primeiro campo hidrotermal descoberto numa expedição totalmente portuguesa, liderada pela Fundação Oceano Azul. Localizado entre as Flores e o Faial, está a 570 metros de profundidade. A Teresa Firmino está a bordo e mostra-nos o que se vê lá em baixo.
4. E a selecção? Vamos lá explicar o "inexplicável". Portugal conseguiu a primeira vitória na Rússia, mas ao arrepio da tradição jogou tão pouco que até o treinador lamentou o que considera "inexplicável". Para ajudar à próxima conversa, nós temos algumas explicações: em Moscovo, o David Andrade viu "os mesmos problemas"; por cá, o Nuno Sousa analisou como fomos engolidos por "vagas de pressão marroquina"; e o treinador Manuel José, directo como sempre, viu até falta de mentalidade e de maturidade. Dito isto, só queremos que melhore o jogo, os resultados vão bem.

Hoje na agenda 

Por cá, no Parlamento discutem-se os impostos sobre os combustíveis e marcam-se as primeiras audições na Comissão de Inquérito sobre as rendas na energia. No tribunal de Lisboa começam as alegações finais da Operação Fizz.
Lá por fora há dois pontos na agenda a merecer atenção: os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se para tirar a Grécia do resgate; e o Congresso americano junta-se para votar nova legislação sobre imigrantes.
Despeço-me com uma recomendação e uma novidade.
A recomendação é o texto do Adriano Mirando sobre "aquela foto" que lhe valeu um prémio Gazeta e, sobretudo, um grande orgulho. Chama-se A fotografia com asas e é sobre como nos ensinaram que o jornalismo é sobre mudar o mundo.
A novidade é que o P3 mudou - de cara e de feitio. De cara está mais bonito, claro, como merecia. De feitio porque agora se dedica a causas. O Amílcar Correia explica tudo aqui

Um dia bom!
Até amanhã!

Nenhum comentário:

Postar um comentário