Nampula foi a província que mais investimento directo recebeu entre 2006 e 2015, revelou Lourenço Sambo, director geral da Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), que indicou que a agricultura e o agro-negócio foi o segundo sector que mais dinheiro recebeu dos 40 biliões de dólares norte-americanos de investidores nacionais e estrangeiros que criaram mais 314 mil empregos em Moçambique. Entretanto o desafio actual é inverter a queda de investimentos que acontece desde 2014.
Durante uma palestra subordinada ao tema: Benefícios Fiscais no “Âmbito do Investimento Directo Estrangeiro e Nacional”, que proferiu na Autoridade Tributária de Moçambique, Lourenço Sambo desmistificou a percepção que Maputo e Tete são as províncias que têm recebido mais investimentos no nosso país.
“Nampula nos últimos dez anos está em cima por causa da zona económica especial, depois também temos Tete estão lá as minas de carvão” revelou o director da APIEX precisando que dos 40,8 biliões de dólares norte-americanos de investimentos 10,8 biliões ficaram na chamada capital Norte, seguida por Tete com 7,3 biliões. No entanto a cidade e província de Maputo juntas receberam 10,3 biliões de dólares de investimentos entre 2006 e 2015.
Desse investimento grande parte foi para o sector da energia, que engloba a produção mineira, no entanto Sambo indicou que “cerca de 22 por cento foi investido na agricultura e cerca de 13 por cento foi para a indústria”.
Os 3.185 projectos de investimento que aconteceram ao longo de quase uma década no nosso país geraram, de acordo com a , 314.637 empregos.
Entretanto Lourenço Sambo, que defende que os benefícios fiscais e incentivos que são dados aos investidores são uma das ferramentas para os trazer a Moçambique, declarou em entrevista ao @Verdade que o desafio actual, face a redução dos investimentos que está acontecer desde 2014, “é efectivamente inverter a pirâmide, o foco não pode ser o gás ou o carvão tem que ser a agricultura, têm que ser as infra-estruturas, tem que ser olhar para aquilo que pode fazer a diferença, por exemplo a energia, nós temos um potencial enorme”.
“Nós temos uma estratégia para promover o investimento privado em Moçambique, durou 3 anos e agora estamos a fazer outra que tem cinco pilares e um deles é melhorar o ambiente de negócios” acrescentou.
Na perspectiva do director da APIEX, “o ambiente de negócios não é um problema do Governo, é um problema da sociedade, é um problema da economia moçambicana, é um problema dos empresários, dos empregados, dos sindicatos, das famílias, de todos nós, para melhor o ambiente de negocio precisa de pragmatismo político e olharmos para o caso do Ruanda, é dizer que eu não quero que isto acontece e não acontecer”.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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