Da informação e falta dela

Diogo Queiroz de Andrade, Director adjunto

Olá bom dia,

A notícia da manhã é mesmo a informação de que o fisco abriu 120 processos a bancos por falhas nos dados sobre offshores, devido a atrasos e erros nos dados enviados. A informação ganha maior importância quando também se sabe que em 2017 se bateu o recorde de transferências para esses mesmos offshores, como conta o Pedro Crisóstomo.

De falta de informação também sofre o ministério da saúde, que não tem capacidade para avaliar se tempos máximos de resposta pelos serviços estão a ser cumpridos, precisamente porque os dados pedidos não chegaram. Ainda na saúde, hoje é o terceiro dia de greve dos enfermeiros, cujos efeitos se devem começar a fazer sentir. 

Os professores, esses, continuam em greve às avaliações, informação fundamental para o futuro dos alunos. Também é importante saber que se bateu um recorde negativo nos chumbos dos alunos: os dados do ministério da Educação relativos a este século indicam que o ano lectivo com menor número de retenções no básico e no secundário foi 2016/2017, relata a Andreia Sanches.

Depois de muita pressão pública a exigir, lá está, informação, apareceu o contrato assinado entre a Câmara Municipal de Lisboa e Madonna: ficou a saber-se que o documento foi assinado em Janeiro e que tem duração muito limitada.

Para ter mais informação sobre o que se passa no mundo: não perca o texto essencial do Jorge Almeida Fernandes sobre o desfecho nas eleições do Méxiconem a actualização do psicodrama de governo em Berlim. E aproveite para ler a Rita Siza sobre a preocupação de Bruxelas com o comportamento pouco democrático da Polónia, que está prestes a reformar os juízes do Supremo Tribunal. 

Como para muito boa gente os desafios globais mais importantes por estes dias se disputam na Rússia, e enquanto espera para ver pelos últimos desafios dos oitavos de final, aproveite para ler a reportagem do nosso enviado especial Paulo Curado sobre a crescente loucura do mundial entre os seus habitantes. 

Por falar em Rússia, o texto de Riço Direitinho sobre a viagem de John Steinbeck pelos campos soviéticos é mesmo bom de ler. Ainda nas artes, fica a nota da decisão sobre a primeira edição do Prémio Paulo Cunha e Silva foi ontem entregue. Muito importante também é que a informação que se faz chegue cada vez a mais pessoas, e por isso a plataforma digital com livros em formatos acessíveis a pessoas invisuais ou com visão reduzida é notícia de relevo.

Noutras questões relacionadas com a informação, em que tanta coisa muda tão depressa, também nós o vamos fazer: a direção do Público vai mudar depois da demissão do David Dinis. Já esta newsletter, bem como outras conquistas recentes da informação digital, continuará a ser uma ferramenta privilegiada para comunicar com o leitor. Por isso estamos sempre no mesmo sítio, com a melhor informação ao minuto. Até já.