Confrontado com a posição da Anadarko, de só poder disponibilizar gás doméstico para o projecto de GTL da Shell em 2030, o Presidente do Conselho de Administração(PCA) da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos(ENH) explicou que está a “discutir com o operador para ver se aceleramos o processo de fornecimento de gás para a Shell”.
O vice-presidente da Anadarko Petroleum Corporation em Moçambique, Steve Wilson, declarou que a disponibilização do gás natural adicional para o mercado moçambicano só deverá acontecer “5 anos após a Decisão Final de Investimento e quando começarmos a produzir depois de 2 anos de produção sustentável, só aí poderemos então certificar reservas adicionais e então negociar a venda de gás a outros projectos como o de GTL da Shell”.
Intervindo no mesmo painel da Conferência do Financial Times que teve lugar em Maputo no passado dia 8 o director do projecto Afungi GTL, Moon Hussain, replicou que a multinacional que lidera o consórcio que vai explorar o gás natural existente na Bacia do Rovuma está a mantém os projectos de diversificação da indústria do gás natural em Moçambique “reféns dos seus credores”.
“Se não obtivermos o gás para os nossos combustíveis em 2021 ou antes os benefícios que teríamos serão empurrados para 2030”, concluiu Moon Hussain.
O @Verdade questionou a Omar Mithá, eleitoralistas o Presidente do Conselho de Administração(PCA) do braço comercial do Governo moçambicano no sector de Petróleos, como essa situação será dirimida tendo em conta que a lei moçambicana mandata que 5 por cento dos recursos produzidos têm que ser alocados para o mercado doméstico.
“O Plano de Desenvolvimento da Área 1 foi aprovado em Conselho de Ministros e há um mandato claro para a ENH discutir com o operador para ver se aceleramos o processo de fornecimento de gás para a Shell, que é a 2ª fase. Isso está a decorrer num fórum próprio onde está a Shell, a ENH temos também um consultor “, começou por explicar o PCA da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos(ENH).
No entanto Mithá reconheceu que: “se você não tem um projecto de exportação, que é um projecto âncora, não vai ter o projecto de gás doméstico, portanto há aqui uma série de priorização”.
A Shell Moçambique BV ganhou um concurso público promovido pelo Governo para implantar na província de Cabo Delgado uma indústria de transformação do gás natural que a Anadarko vai produzir em combustíveis líquidos como o gasóleo, a nafta e a querosene mas para materializa-la precisa que 310 a 330 milhões de pés cúbicos dia do hidrocarboneto.
Durante a 1ª fase do seu projecto a Anadarko propôs a alocar somente 100 milhões de pés cúbicos dia de gás natural ao mercado moçambicano.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
Nenhum comentário:
Postar um comentário