A produção de queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP) na região Centro atingiu as 436 toneladas em 2017.
Segundo os dados fornecidos à agência Lusa pela InovCluster – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, foram produzidos na região Centro, em 2017 (últimos dados conhecidos), um total de mais de 436 mil quilos de queijo DOP.
“Relativamente às produções anuais por DOP, podemos verificar (…) algumas variações na produção, com quebras e crescimentos diferentes, de ano para ano, e que foram produzidos no cômputo da região Centro um total de mais de 436 mil quilos de queijo DOP”, explica a presidente da InovCluster, Cláudia Domingues.
A DOP Beira Baixa, que inclui o queijo amarelo da Beira Baixa, o queijo de Castelo Branco e o queijo picante da Beira Baixa, representa 53% da produção total, seguindo-se a DOP Serra da Estrela, com 45%, e a DOP Rabaçal, com 02%.
Os últimos dados disponíveis reportam-se a 2017, ano em que o Queijo Serra da Estrela DOP atingiu uma produção de 195 toneladas, contra as 115 toneladas do Queijo Amarelo da Beira Baixa DOP, os 67 mil quilos de Queijo de Castelo Branco DOP, os 50 mil quilos do Queijo Picante da Beira Baixa DOP e os 10 mil quilos do Queijo Rabaçal DOP.
A DOP que possui maior número de produtores é a da Serra da Estrela, a qual representa 60% do número total de produtores, seguindo-se a DOP Beira Baixa, com 34%, e a DOP Rabaçal, com 6% dos produtores.
Já em relação às queijarias certificadas, a DOP Serra da Estrela, com 40 queijarias, representa 82% do total da região Centro, enquanto a DOP Beira Baixa representa 10% (cinco queijarias) e a DOP Rabaçal 08% (quatro queijarias).
A importância económica da fileira do queijo levou, recentemente, ao lançamento do Programa de Valorização da Fileira do Queijo da região Centro, projeto que envolve 14 entidades desta região e um investimento total de 2,7 milhões de euros, sendo que a liderança está a cargo da InovCluster – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro.
Com o efeito multiplicador do investimento público sobre o investimento privado resultante das atividades a realizar no âmbito do projeto, estima-se que se possa alavancar investimentos privados no valor de 11,6 milhões de euros, em 2022, após o decurso de 24 meses de implementação do projeto.
Segundo Cláudia Domingues, esta meta “ambiciosa” pressupõe que por cada euro de investimento público efetuado sejam efetuados investimentos privados de 4,16 euros.
O Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro, que se iniciou em 01 de janeiro, envolve um investimento total de 2,7 milhões de euros, sendo que 2,3 milhões correspondem ao Programa de Valorização da Fileira do Queijo da região Centro, financiado em 85% pelo Centro 2020, e 428 mil euros que dizem respeito à iniciativa Rota Turística e Gastronómica Queijos da Região Centro, financiada em 65% através do Valorizar.
Na totalidade, o projeto envolve um total de 14 entidades da região Centro, das quais quatro comunidades intermunicipais (Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Região de Coimbra e Viseu Dão Lafões), cinco associações do setor, dois institutos politécnicos (Castelo Branco e Viseu) e o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior.
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