segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

No próximo fim de semana | Teatro em Zambujal, em Ançã e Sanguinheira




O 21.º Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede tem este fim de semana mais uma jornada, desta vez com espetáculos em Zambujal, Ançã, Sanguinheira e Febres. O programa de dinamização da atividade teatral promovido pelo Município de Cantanhede conta com a participação de 17 grupos cénicos, num total de mais de 350 pessoas envolvidas, e a sua programação estende-se ao longo de três meses com a representação de peças de teatro de géneros variados um pouco por todo o concelho.
É assim que, no próximo sábado, às 21h30, o Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” da Associação Juvenil do Zambujal e Fornos estreia, no salão da Associação Cultural e Recreativa do Zambujal, As Marias de Portugal, um drama de Pedro Bandeira e Luís Zamarra que propõe uma reflexão sobre o assédio. Maria do Sol via-se assediada por vários homens e as alcoviteiras da terra procuravam denegri-la com infâmias e difamações, mas nunca quebrou o seu voto de fidelidade ao marido. Trata-se de uma peça que enaltece a virtude das mulheres com base numa personagem que luta contra a adversidade para ver reconhecida a sua inocência.
Também no sábado, às 21h30, o GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha desloca-se à Sanguinheira para apresentar a peça Viúva, porém Honesta, adaptação de um texto original do escritor e dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues. Na peça, um diretor de jornal com grande influência no país tudo faz para demover a filha a deixar de velar o marido falecido e voltar a ter uma vida normal, uma vez que tem apenas quinze anos. Como a jovem pretende voltar a casar, o pai resolve contratar um grupo de especialistas, todos eles charlatões, para a dissuadir da ideia. O casamento havia acontecido para justificar uma gravidez precoce e indesejada, que afinal tinha sido inventada pelo médico da família, um velho um pouco amalucado e confuso.
Ainda no sábado, igualmente às 21h30, é no palco do salão do Centro Paroquial de Ançã que o “Cordinha d’Água Teatro” - Secção do Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã estreia as duas peças com que participa no certame. A Revolta dos Penicos é uma comédia da autoria de Manuel Tomé que transporta o espetador para um cenário francês, em plena II Guerra Mundial. Uma professora, pertencente à Resistência Francesa, ensina os seus alunos a resistirem ao inimigo e a protegerem-se. Quando a professora desaparece pelas mãos dos militares nazis, os meninos elegem um líder e fazem frente ao invasor. Amores na Aldeia, também uma comédia, esta da autoria de Rosa Dinis, conduz o espetador numa revisitação a uma aldeia portuguesa, nos anos 60. Sucedem-se várias peripécias, amores e desamores, encontros e desencontros, casamentos arranjados, questões políticas, tudo com uma excelente dose de bom humor e o retrato histórico de um ambiente rural.
Já no domingo, 17 de fevereiro, é a vez de as Pequenas Vozes de Febres se estrearem no ciclo de teatro amador. Às 15h30, o grupo de teatro desta formação coral sobe ao palco do Pavilhão Multiusos de Febres para interpretar Asas no Coração, um musical baseado no livro de memórias The Story of the Trapp Family Singers, da autoria de Maria von Trapp. Maria é uma jovem que está num convento para se tornar freira, mas não consegue seguir as rígidas normas religiosas a que está sujeita aceita trabalhar como governanta de sete crianças. O pai é um oficial da marinha, viúvo, que desde a morte de sua esposa educa as crianças com rigor militar. Depois de trazer música e amor para a vida das crianças, Maria casa-se com o capitão e, juntamente com as crianças, descobre uma maneira de enfrentar a dor da perda através da coragem e da fé.

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Sobre o Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal”
O Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” foi constituído em 1996 e é composto atualmente por cerca de 20 elementos, maioritariamente das localidades de Zambujal e Fornos. A sua designação é uma referência às quatro fontes de origem romana que existiram no Zambujal, designadamente Fonte de Rodelos, Fonte Má, Fonte Perto e Fonte Seca.
As raízes desta formação teatral podem ser encontradas em 1954, mais precisamente em 27 de maio, data em que foi fundado um agrupamento com o nome “Viva O. R. Zal” (Viva o Rancho do Zambujal). A iniciativa partiu de alguns indivíduos da comunidade que pretendiam desenvolver atividades de lazer para preencher os seus tempos livres, assim como manter vivas a tradição e a autenticidade dos trajes danças e cantares do Zambujal.
Depois de uma interrupção de alguns anos, o Grupo retomou o seu funcionamento em 1992, sob a nova designação de Grupo Folclórico “Os Malmequeres do Zambujal”. Em julho de 1995, passou a integrar a Associação Juvenil do Zambujal e Fornos, mais precisamente a sua secção de folclore, e em 1996 filiou-se no INATEL.
É nessa mesma altura que surge o Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” que inicia um trabalho de produção teatral regular apresentando uma a duas peças anualmente, por altura da quadra natalícia e participando no Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, desde a sua primeira edição.
Em 1998, faz a sua primeira apresentação fora da terra, mais precisamente nas Franciscas, no âmbito do I Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, com as peças “Falar Verdade a Mentir” e “O Senhor”. No ano seguinte faz um périplo por várias localidades do Concelho de Cantanhede com as produções “O Céu da Minha Rua” e “Terra Firme”.

Sobre o GATT - Grupo Amador de Teatro da Tocha
As origens do GATT – Grupo Amador de Teatro da Tocha ninguém as sabe ao certo e também não existe nenhum documento escrito onde estejam registadas. São os elementos antigos com mais anos de casa que contam, entre as memórias que ainda surgem, os momentos mais marcantes de que há lembrança.
Os ensaios decorriam na antiga sede, localizada na Rua Dr. José Gomes da Cruz. A primeira peça foi levada à cena na década de 60, no antigo Grémio de Instrução e Recreio da Tocha, onde se realizavam os bailes (no atual café Esplanada), mas a continuidade perdeu-se.
É na década de 70, pelas mãos de Júlio Garcia Simão, encenador e antigo funcionário do Rovisco Pais, que o Grupo de Teatro ganha novo alento. Mais tarde é substituído por Américo Guímaro, que levou à cena a peça "A Forja", também encenada no Festival de Teatro de Montemor-o-Velho. É com ele que se estreia a peça "Frei Thomaz".
Segue-se novamente um período de interregno, onde apenas se fazem alguns "sketches", para em 1984 Júlio Campante, de Coimbra mas casado com a professora da escola primária da Tocha, dar uma nova dinâmica ao Grupo Amador de Teatro, que com ele começou a atuar em palcos um pouco por todo o país.
O bichinho do teatro ficou de vez, e já na sede da Associação Recreativa e Cultural 1.º de Maio da Tocha, "o salão encheu-se um punhado de vezes". A população aderia aos espetáculos e é com o Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede e a participação no certame que o grupo se revitaliza e se consolida, ficando apenas marcada por um interregno de um ano, em 2003, devido a um vazio de direção instalado, e em 2012, por doença do ator principal, Américo Romão.
O Grupo de Teatro Amador da Tocha já levou a palco diversas peças de diferentes estilos, tais como "A Casa dos Pais", "Entre Giestas", "A Mala de Bernardete", "Serão Homens Amanhã", "Há Horas Diabólicas", "As Duas Cartas", "Uma Sardinha para Três", "Terra Firme", "Frei Thomaz", levada a palco na década de 1970 e que em 2009 voltou a estar em cena, seguida de “Falar Verdade a Mentir”, “A Forja”, “O Doente Imaginário”, uma adaptação do original da autoria de Molière, “Verdades e mentiras da vida real”, um original da autoria de José Maria Giraldo, e “Desejo Voraz”, peça com que encerrou a 18.ª edição do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede. Em 2017 retomou a encenação de “As duas cartas” da autoria de Júlio Dinis e na última edição participou com “Os Turistas”, uma adaptação do texto original de Luís Gonçalves.


Sobre o Rancho Folclórico "Os Lavradores" de Cordinhã
O grupo foi fundado em 19 de outubro de 1978 por iniciativa do pároco da freguesia, chamado Fernando, e de um grupo de pessoas convidadas para o efeito, entre elas o músico Arsénio Cavaco. Cinco anos depois, mais propriamente no dia 17 de fevereiro de 1983, foi legalizado por escritura pública no Cartório Notarial de Cantanhede e publicado no Diário da República III Série, n.º 81 de 8-4-1983 como Associação Cultural e Recreativa, denominada Rancho Folclórico de Cordinhã.
Este rancho esteve em atividade 15 anos consecutivos seguindo-se um breve interregno de cerca de três meses. Posteriormente reiniciou a sua atividade com a designação de Rancho Folclórico "Os Lavradores” de Cordinhã, que ainda hoje mantém.
Neste momento, ao grupo de adultos junta-se o grupo infantojuvenil composto por 20 crianças, servindo simultaneamente de escola de folclore.
Integrado nesta associação está o grupo Cordinha d'Água Teatro, composto por pessoas de todos os escalões etários, que participa nos Ciclos de Teatro da Câmara Municipal de Cantanhede e nos Ciclos de Teatro organizados pelo INATEL, onde se encontra inscrito.

Sobre as Pequenas Vozes de Febres
Surgiu inicialmente como “Coro infantil de Febres” a 16 de março de 2010, na altura, com 24 crianças. Atualmente, tem 51 elementos, cujas idades variam entre os 5 e os 18 anos e denomina-se de “Pequenas Vozes de Febres”.
Mesmo, não estando envolvidos grandes encargos financeiros, uma vez que o grupo está integrado numa iniciativa da Junta de Freguesia de Febres, de quem recebe importantes apoios, a destacar: o local de ensaios e aspetos burocráticos, realça-se também o apoio do Município de Cantanhede e dos pais e familiares nas apresentações do grupo.
O Coro dos Pequenas Vozes de Febres é dirigido, desde a sua fundação, pela maestrina Anabela Rocha que é, também, a principal obreira deste projeto. O grupo tem como objetivo proporcionar, a todas as crianças, um desenvolvimento equilibrado e um apreço salutar de cada um pela música, ajudando-as a adquirirem maior confiança, maior autoestima para aprenderem a trabalhar e a evoluirem em grupo, criando nelas o gosto pela prática musical de conjunto.
Em 2012, o grupo lançou o seu primeiro CD, intitulado “Sonho de criança” e, em 2014, lançou o seu segundo álbum com DVD incluído, “Asas do Sonho”. Representou os seus musicais e atuou em vários distritos do país, de norte a sul, tendo uma média de vinte e cinco atuações por ano, descansando no mês de agosto.
O grupo tem apostado, essencialmente, na música portuguesa. Atuações de destaque: participa desde fevereiro de 2015 no Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, onde apresentou os musicais “Frozen – No reino do Gelo”, “A Princesinha” e “Asas no Coração”. Em maio de 2015, por altura do seu 5.º aniversário apresentou um espetáculo sobre o festival da canção. Em dezembro de 2015 participou no programa “A Praça”, RTP1. Em maio de 2017 apresentou o musical “Os três pastorinhos”, por altura do centenário das aparições de Fátima, esta apresentação foi noticiada no canal “Angelus TV”. Participou também no “Somos Portugal”, na TVI, em julho de 2017, no âmbito da Expofacic-Cantanhede. Em 2018, participou com várias bandas filarmónicas da região centro. Em outubro de 2018, o grupo foi convidado para uma participação especial com a Orquestra Clássica do Centro, noticiada na RTP1 no programa “Portugal em Direto”.
Os já oito anos de existência são motivo de orgulho para todos pelos momentos de alegria e de paixão posta nas representações. A história que se tem vindo a construir pelas “Pequenas Vozes de Febres” não tem deixado ninguém indiferente, tantas têm sido as manifestações de apreço recebidas.
O grupo é dirigido, desde a sua fundação, pela maestrina Anabela Rocha Anabela Rocha, a diretora artística e a alma das Pequenas Vozes de Febres. É licenciada em Matemáticas Aplicadas – Ramo Educacional. Pianista, desde sempre ligada a atividades musicais, aperfeiçoou a sua formação, no Conservatório de Música de Aveiro e foi professora de música, no Jardim de Infância Gira Sol, em Febres. Desde tenra idade, participou em vários espetáculos e concursos de rádio e de televisão, na região centro, com vários artistas de renome.


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