Dois novos óbitos de cólera foram registadas entre segunda-feira (08) e quarta-feira (10) na Província de Sofala elevando para oito o número de vítimas mortais do surto que eclodiu, após a passagem do Ciclone IDAI e das cheias que se seguiram no Centro de Moçambique. Mais de 12 mil doentes foram tratados por cólera e malária nos últimos 14 dias na Cidade da Beira e nos distritos de Nhamatanda, Dondo e Búzi.
Nesta terça-feira (09) foi registada a segunda vítima mortal pelo vibrião colérico no Distrito de Nhamatanda onde desde o passado dia 27 de Março 602 pessoas foram tratadas com cólera.
De acordo com as autoridades de saúde desde a eclosão do surto 4.373 doentes foram tratados tendo melhorado e recebido alta cerca de 70 por cento deles.
O maior número de casos, 3.207, foram registados na Cidade da Beira. Oficialmente apenas oito pessoas morreram pela cólera no Centro de Moçambique, porém há registo de três óbitos por diarreias agudas e vómitos no Distrito de Changara, na Província de Tete.
O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades mantém em 602 o número total de óbitos pelo impacto directo do Ciclone IDAI e das cheias que se seguiram há 2 semanas e afectaram as províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia.
A Província de Sofala foi a mais castigada com 402 mortos, 1.597 feridos, 163.692 casas danificadas que deixaram afectadas 1.190.594 pessoas, 41.431 a viverem nos 37 centros de acomodação criados.
A campanha de vacinação contra o vibrião colérico terminou com um balanço de 803.125 pessoas imunizadas, correspondentes a 98 por cento da meta prevista. Aproximadamente 390 mil dos imunizados são residentes da Beira, uma Cidade que de acordo com o Censo de 2017 tem 533.825 munícipes.
“Nós ainda cerca de 50 mil doses de vacinas disponíveis e estamos neste momento a trabalhar para aloca-las a comunidades que vivem em zonas que são identificadas como de risco alto”, explicou o Director Geral do Instituto Nacional de Saúde, Ilesh Jani.
Preocupa também as autoridades de saúde os doentes com malária que já afectou 8.250 pessoas, a maioria no Distrito de Nhamatanda.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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