Incapaz de apresentar uma única prova das inúmeras irregularidades e alegações de fraude que denunciou o maior partido de oposição em Moçambique reiterou na tarde desta segunda-feira (23) “que não concorda com os resultados das Eleições proclamados e validados pelo Conselho Constitucional. A Renamo vai convocar manifestações à escala nacional”.
Após interagir com Chefe de Estado moçambicano reeleito para um 2º mandato Ossufo Momade convocou a Comissão Política Nacional que em Maputo concluiu que: “O Acórdão (do Conselho Constitucional que valida a vitória de Filipe Nyusi e do partido Frelimo) de hoje deita abaixo todo o esforço que vem sendo feito para construir o edifício da democracia em Moçambique, a Renamo não tem outra saída senão ficar do lado do povo”.
“A Renamo reitera que não concorda com os resultados das Eleições proclamados e validados pelo Conselho Constitucional. A Renamo vai convocar manifestações à escala nacional, nos termos da Constituição da República e das leis vigentes em Moçambique, para repudiar as eleições e repor a verdade democrática”, declarou a jornalistas o porta-voz da Comissão Política, Alfredo Magumisse.
Magumisse recusou-se a esclarecer se os 60 deputados do partido eleitos para a Assembleia da República assim como os 156 sufragados para as Assembleias Provinciais vão tomar posse. Questionado se Ossufo Momade vai retirar alguma consequência política da derrota a que conduziu o partido, quiçá submetendo-se a um novo escrutínio interno o porta-voz da Comissão Política da Renamo disse: “isso não é matéria de discussão hoje”.
A verdade é que o novo líder da “perdiz” não conseguiu sequer garantir a reeleição dos 22 deputados que o partido tinha na província de onde é originário, elegeu apenas 16, e na Assembleia Provincial de Nampula perdeu os 46 mandatos que tinha, ficando com 31 deputados.
Relativamente as aludidas “manifestações à escala nacional” Alfredo Magumisse não soube precisar se vão acontecer antes da posse dos deputados e do Presidente da República, marcadas para 13 e 15 de Janeiro, respectivamente.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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