terça-feira, 17 de março de 2020

“Um Presidente da República sem sintomas de coronavírus não pode estar em casa”

Resultado de imagem para “Um Presidente da República sem sintomas de coronavírus não pode estar em casa”Comentador político desafia Marcelo a comandar país nesta altura de crise na saúde.
Responsável pela comissão organizadora das cerimónias do último 10 de junho, João Miguel Tavares não poupa nas críticas a Marcelo Rebelo de Sousa por se manter isolado em casa numa altura em que Portugal enfrenta o Covid-19.
"A quarentena auto-imposta por Marcelo Rebelo de Sousa foi um enorme erro político", nota João Miguel Tavares, em artigo de opinião no jornal 'Público'.
O comentador político sustenta que "se continuar enfiado em Cascais, irá atirar pela janela todo o capital político que amealhou ao longo de quatro anos" em que é o responsável máximo do Estado.
João Miguel Tavares deixa, por isso, um desafio a Marcelo Rebelo de Sousa.
"Senhor Presidente, saia da quarentena e vá para Belém", apela o comentador, lembrando que como chefe de Estado deveria estar na residência oficial a comandar as operações de combate ao Covid-19.
"Os jovens devem estar em casa. Os trabalhadores de serviços não essenciais devem estar em casa. Os mais idosos devem definitivamente estar em casa. Um Presidente da República sem sintomas de coronavírus não pode estar em casa."
Há vários dias que o chefe de Estado se encontra isolado na residência particular, numa decisão tomada após suspeitas de que poderia estar infetado com o Covid-19. Submetido a testes médicos, o Presidente da República informou os portugueses que não estava contaminado. Porém, entendeu manter-se em casa.
Para a próxima quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu convocar os conselheiros de Estado para decidir se será ou não decretado Estado de emergência.
O novo coronavírus já infetou, desde dezembro até hoje, 168.250 pessoas e causou 6.501 mortes, segundo o último balanço divulgado hoje.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o epicentro da pandemia deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando para mais de 1.800 o número de vítimas mortais no país.
O número de infetados a nível mundial ronda as 170 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 331 casos confirmados.
Do total de infetados, mais de 77 mil recuperaram.
Lusa

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