Por Natasha Romanzoti, em 16.03.2020
Estamos vivendo um momento delicado em relação ao coronavírus (COVID-19), com muitas instituições e países adotando medidas de quarentena para tentar conter a disseminação da doença.
Isso, por sua vez, pode gerar pânico e confusão, situação na qual muitas informações errôneas circulam.
Enquanto é cedo para sabermos tudo o que há para saber em relação ao COVID-19, este artigo reúne os melhores dados científicos sobre o vírus – as coisas que você realmente precisa saber para se proteger adequadamente.
10. O que é COVID-19?
COVID-19 é a sigla para “Coronavirus Disease 2019”, ou “Doença do Coronavírus de 2019”.
Ou seja, o COVID-19 é um coronavírus, um grupo de vírus que pode infectar mamíferos e aves. Nos seres humanos, pode causar infecções do trato respiratório, a maioria das quais pode ser tratada com medicação facilmente encontrada em farmácias.
A gripe comum também é resultado de um coronavírus. A maioria desses vírus não são letais, mas alguns podem ser. O COVID-19 também é chamado de “Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2” ou SARS-CoV-2, por ser “parente” da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) de 2003.
O COVID-19 é, de maneira geral, mais perigoso que a gripe, mas menos do que o SARS e outros integrantes da família coronavírus.
9. Origem
O vírus apareceu pela primeira vez em Wuhan, na China. Infelizmente, os cientistas ainda não sabem de onde se originou, embora essa determinação possa auxiliar os virologistas a compreendê-lo melhor.
O COVID-19 é provavelmente um vírus zoonótico, o que significa que pode ser transmitido de animais para pessoas. Os cientistas estão atualmente procurando o animal que pode ser sido o primeiro portador da doença.
Uma vez que existem várias similaridades entre o coronavírus e duas cepas de Betacoronavirus que afetam morcegos (são 96% dos mesmos genes), uma hipótese é de que eles sejam relacionados. Logo, morcegos vendidos no Huanan Seafood Market, um mercado de animais exóticos chinês, podem ter sido a origem do vírus.
Outra pesquisa determinou que o COVID-19 compartilha 99% de sua informação genética com um vírus similar que infecta pangolins. Outra hipótese, então, é que estes animais sejam os primeiros portadores da doença.
Nenhuma dessas análises é definitiva, no entanto. Por enquanto, não há certeza sobre a origem do vírus.
8. Transmissão
Uma vez que o COVID-19 causa infecção respiratória, é através da respiração que se espalha mais facilmente.
Existem duas formas conhecidas pelas quais o vírus é transmitido: entre pessoas e através de contato com superfícies contaminadas.
No caso da transmissão entre pessoas, isso ocorre caso você fique a menos de dois metros de distância de um infectado. Você pode entrar em contato com gotículas respiratórias produzidas quando o paciente tosse ou espirra.
Caso você esteja doente, cobrir a boca ao tossir ou espirrar (com um lenço ou com o cotovelo, não com a mão) ajuda a diminuir a propagação da doença. Enquanto os infectados devem usar uma máscara facial para reduzir o risco de transmitir o vírus a outra pessoa, pessoas saudáveis não devem fazer isso.
A outra forma de propagação é através de uma superfície contaminada com o vírus. Digamos que uma pessoa espirre em uma bancada e você coloque a mão nela, e em seguida toque sua boca, nariz ou os olhos. Isso pode resultar em infecção. Logo, evitar tocar o rosto é uma forma de se proteger da doença.
7. Diagnóstico
Existem algumas formas de diagnosticar o vírus. Uma das melhores é realizar um teste que procura anticorpos da doença no seu corpo. Uma empresa de Cingapura pode ter aperfeiçoado um meio de realizar esse tipo de teste para encontrar o COVID-19.
No momento, porém, testes que procuram as informações genéticas do vírus na saliva, boca, nariz e ânus de uma pessoa são mais comuns.
Esses exames usam o método de reação em cadeia da polimerase (RCP), um processo que produz rapidamente bilhões de cópias de DNA para estudo. Embora possam detectar a presença de COVID-19, não podem identificar quem pegou a doença, mas já foi liberado.
6. Grupos de risco
Até onde os cientistas sabem, não existe imunidade ao COVID-19, o que significa que qualquer pessoa pode pegar o vírus.
Dito isto, como a maioria das infecções conhecidas, certas pessoas possuem maiores riscos de ter versões mais graves da doença do que outras. O grupo de risco inclui idosos, profissionais de saúde e pessoas com sistema imunológico comprometido.
Adultos saudáveis, quando são infectados, costumam ter sintomas moderados, comparáveis ao de uma gripe comum. Alguns inclusive não apresentam nenhum sintoma, tornando-se portadores da doença sem se dar conta. Foi assim que o COVID-19 se espalhou para o mundo todo.
5. Sintomas
Os sintomas mais comuns (e mais leves) do COVID-19 são febre, tosse e falta de ar, os mesmos que a maioria das pessoas sente quando pega um resfriado comum.
Para aqueles que estão em maior risco devido a um sistema imunológico comprometido ou outro dos critérios mencionados no item anterior, os sintomas podem ser mais graves, incluindo pneumonia, falência múltipla de órgãos e morte.
4. Taxa de mortalidade
Os cientistas estimam que a taxa de mortalidade do COVID-19 seja de 2,3%. Enquanto isso parece baixo (e, de fato, a maioria dos infectados não morre em decorrência da infecção), é uma taxa bem maior do que a da gripe, por exemplo, que causa a morte de apenas 0,1% dos infectados.
Na China, a maioria dos pacientes que faleceram eram idosos. O número de mortes aumenta para 8% em pessoas com 70 a 79 anos, e para 14,8% em pessoas com 80 anos ou mãos.
Já no caso de pacientes criticamente doentes quando entram em contato com o vírus, a probabilidade de morte pula para 49%.
3. Prevenção
Como o COVID-19 é um coronavírus, transmitido da mesma maneira que um resfriado comum, a melhor maneira de evitar a doença é lavar as mãos com sabão e água morna com frequência, não tocar o rosto depois de entrar em contato com qualquer coisa comumente usada, como maçanetas e descargas, bem como evitar aglomerações e viagens desnecessárias, para diminuir as chances de entrar em contato com pessoas doentes.
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