Hipótese foi admitida pelo ministro das Infraestuturas, mas Marta Temido, neste momento, não vê motivo para alterar aquilo que está definido.
A ministra da Saúde, Marta Temido, afasta neste momento da pandemia de Covid-19 o fim da lotação máxima de dois terços nos transportes públicos.
A medida foi admitida pelo ministro das Infraestutruras, Pedro Nuno Santos, em entrevista à TSF, mas Marta Temido diz que ainda não estamos na altura de reverter a medida.
“As nossas recomendações conhecem um caráter evolutivo, tendo também em conta as recomendações das organizações internacionais, mas neste momento não vejo motivo para alterarmos aquilo que está definido”, declarou a ministra da Saúde, na conferência de imprensa de balanço da pandemia de Covid-19.
Marta Temido sublinha que, em relação à concentração de pessoas em espaços fechados, as autoridades de saúde têm sido “sempre muito cuidadosas com as decisões”.
“Sabemos que é um dos fatores que aumenta a exposição ao risco. Portanto, sendo um transporte público definido como sendo um espaço onde se acumula um número significativo de pessoas, por regra, e um espaço fechado, de difícil arejamento, esse é sempre um tema que nos suscita a maior preocupação”, afirma a governante.
A ministra da Saúde diz que vários estudos apontam para a ausência de relação direta entre as viagens em transportes públicos e a transmissão da infeção, desde logo porque é muito difícil identificar uma causalidade direta.
“As pessoas que viajam em transportes públicos têm normalmente outros fatores de exposição ao risco, é difícil isolá-los e identificar uma causalidade única, mas há um risco por si só nessa circunstância e temos que ter, nesta fase da pandemia, com um número de casos que precisamos de reduzir, a maior das cautelas na apreciação de quaisquer alternativas”, refere Marta Temido.
Lusa
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