Só na região de Paris foram eleitos, pelo menos, 150 portugueses ou franceses de descendência portuguesa. “Há mais vice-presidentes nas Câmaras, mais conselheiros municipais e vereadores com pelouros interessantes”, diz associação.
Dos novos executivos municipais eleitos no domingo em França, há centena e meia de portugueses ou franceses de origem portuguesa na região de Paris, desde presidentes da Câmara à oposição.
"Há mais autarcas [de origem portuguesa] eleitos do que em 2014 e metade eram recandidatos. Outra metade são caras novas na política” e “há também, claro, os que perderam”, diz Paulo Marques, autarca de origem portuguesa reeleito e também presidente da Civica, associação que agrupa os eleitos de origem portuguesa em França.
Nalgumas cidades, como Champigny-sur-Marne, há quatro ou cinco novos eleitos de origem portuguesa", adiantou à agência Lusa.
Com uma contabilização difícil, já que França tem mais de 35 mil municípios, a Civica vai agora iniciar a identificação e estabelecer contacto com todos os eleitos de origem portuguesa.
Segundo esta associação, só na região chamada metrópole de Paris, que agrupa a capital e três regiões adjacentes, há 148 eleitos de origem portuguesa e cada vez em lugares de maior destaque.
"Há mais vice-presidentes nas Câmaras, mais conselheiros municipais com delegações e vereadores com pelouros interessantes. Em 2008, eram raros os autarcas de origem portuguesa que tinham delegação, agora eles já têm, ou seja, têm mais responsabilidades no executivo", garantiu Paulo Marques.
Por exemplo, o novo presidente da Câmara Municipal de Dourdan, em Essone, é Paolo de Carvalho. Ainda na mesma região, também Julien Garcia conquistou a cidade de Etréchy. Uma evolução "óbvia" para Paulo Marques.
Cada vez vão ser mais, “é óbvio”
"Esta geração que está agora nos 40 já nasceu cá em França. E, obviamente, estão inseridos na sociedade francesa. É óbvio que cada vez vamos ter mais presidentes de Câmara das novas gerações e isso é um bom sinal, porque nos vai permitir trabalhar com o objetivo de formação e informação", defende o autarca de Aulnay-sous-Bois.
A contagem da Civica deve ficar encerrada antes da “rentrée”, em setembro, altura em que a associação vai celebrar os seus 20 anos através do lançamento de uma banda desenhada que fala sobre a diferença e da realização do seu congresso, a 7 de novembro.
Lusa
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