450 anos de um Papa Cruzado que convocou uma grande Cruzada para salvar a Cristandade da invasão maometana. E ele foi vitorioso! Ele conseguiu que a Cruz de Jesus Cristo triunfasse sobre o Crescente islâmico de Maomé; que as espadas católicas vencessem as cimitarras muçulmanas.
- Paulo Roberto Campos
Pode-se dizer que o Papa São Pio V (1504-1572) foi o comandante das esquadras católicas na batalha de Lepanto — o maior embate naval da História travado até então — que salvou a Cristandade da invasão maometana no século XVI. Ele conseguiu convencer alguns soberanos europeus a se unirem numa Cruzada para impedir tal invasão dos sequazes de Maomé.
O que foi obtido com a vitória nas águas do golfo de Lepanto, no dia 7 de outubro de 1571, com especial intervenção de Nossa Senhora Auxiliadora — Aquela que é, como registra a Sagrada Escritura, “terribilis ut castrorum acies ordinata” (terrível como um exército em ordem de batalha – Ct 6, 9).
Em nossos dias o Velho Continente está sendo novamente ameaçado de ser invadido… Basta lembrar da invasão da Ucrânia perpetrada pela Rússia do déspota Vladimir Putin intimidando o mundo ocidental com suas armas nucleares.
A civilização cristã hoje conta com um Pontífice com a coragem e a grandeza de alma do Papa São Pio V? — Nem precisa dizer que, lamentavelmente, a resposta é negativa…
Hoje celebramos o 450º aniversário do falecimento do grande Papa, grande comandante, grande inquisidor, grande santo que venceu o Império Otomano. Em memória de tão relevante efeméride, transcrevemos a seguir um comentário do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em conferência de 7-10-75.
“Vou destacar aqui um herói da batalha de Lepanto, a respeito do qual pouco se fala. Esse herói foi o Papa São Pio V.
O Pontífice via bem o poder otomano crescer cada vez mais, e o perigo de os otomanos se jogarem sobre a Itália ou sobre qualquer outra parte da Europa, e operarem uma invasão que poderia ter efeitos tão ruinosos ou talvez mais ruinosos do que teve a invasão dos árabes na Espanha, no começo da Idade Média.
Nessa situação, São Pio V tinha que apelar naturalmente para o varão que era o apoio temporal da Igreja naquele tempo: Felipe II, Rei da Espanha.
O Imperador do Sacro Império Romano Alemão não tinha condições, por causa da divisão religiosa no império [em razão da revolução protestante], de lutar eficazmente contra os mouros. A França estava corroída por uma crise religiosa muito grande, guerra de religião etc.
O Papa só podia contar, dentre as grandes potências católicas, com Felipe II de um lado, e, de outro, com Veneza, que dispunha de grande poder marítimo.
Caso Felipe II se retraísse, a horda maometana desataria sobre a Itália, e depois atingiria toda a Cristandade. Seria o fim da Civilização Cristã no Ocidente. Não seria o fim da Igreja, porque ela é imortal; mas, ao que a Igreja poderia ficar reduzida, ninguém sabe.
Se não fosse a pressão de São Pio V, não se teria realizado a Batalha de Lepanto, porque a Espanha não teria mandado sua esquadra. Esta era o grande contingente decisivo dentro das esquadras aliadas que lutaram e venceram em Lepanto.
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