Pai tem-se deslocado todos os dias do Seixal até às Caldas da Rainha para visitar a mulher e a filha.
Uma grávida, residente no Seixal, foi obrigada a percorrer mais de 100 quilómetros para ter o bebé, que acabou por nascer nas Caldas da Rainha. Pelo caminho chegou a ser admitida no Hospital de Santarém, mas teve de mudar de unidade de saúde por falta de anestesista.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo já abriu um inquérito ao caso.
A grávida ligou para o 112 por volta das 04:00 de segunda-feira. O casal foi informado pelos bombeiros da Amora, no Seixal, que a mulher teria que ser transportada para Santarém, a 101 quilómetros de distância.
Chegada a Santarém, esteve mais de duas horas à espera. Patrícia, de 26 anos, voltou a entrar numa ambulância porque o bloco de partos iria entrar em contingência pouco depois, por falta de anestesista, disse o hospital à SIC.
De Santarém, a viagem continuou até ao Hospital das Caldas da Rainha.
O parto correu bem e a bebé nasceu às 17:00 de segunda-feira.
Seguida até às 32 semanas de gravidez no centro de saúde da Alameda, em Lisboa, a mulher foi transferida para a Amora, o local de residência, com a indicação de que seria chamada pelo hospital Garcia de Orta, em Almada.
“O Garcia de Orta nunca nos recebeu. A minha mulher teve de simular dores para ser vista lá, onde os médicos disseram que devíamos ter consciência que não há médicos neste momento para receber grávidas”, contou o pai à SIC.
João Morais, agora de licença por ter sido pai, tem-se deslocado todos os dias do Seixal até às Caldas da Rainha para visitar a mulher e a filha e está em contacto com dois advogados para um eventual processo contra o Estado português.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não dá qualquer explicação. À SIC diz apenas que abriu um inquérito.
SIC Notícias
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